Catolicismo, poder e tradição: um estudo sobre as ações do conservadorismo católico brasileiro durante o bispado de D. Geraldo Sigaud em Jacarezinho (1947-1961)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Silva Júnior, Alfredo Moreira da [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/93451
Resumo: O presente trabalho é um estudo sobre as práticas conservadoras católicas no Brasil do século XX, destaca-se o uso de uma metodologia da História Religiosa onde se desenvolve aspectos históricos que incluem a atuação de sujeitos históricos individuais ou coletivos e a inserção social de determinada religião num recorte temporal. Verifica-se inicialmente, os acontecimentos políticos e as ações católicas que nos levam a uma compreensão das características do catolicismo e do conservadorismo católico brasileiro bem como, do processo de romanização da Igreja Brasileira e do catolicismo no Brasil, aponta-se a Era Vargas como o apogeu do modelo institucional conhecido como neocristandade onde se privilegia o engajamento das elites leigas na defesa do catolicismo e busca-se uma aproximação com o Estado. Num período posterior compreendido entre 1947 a 1961, durante o bispado de Dom Geraldo Sigaud na diocese de Jacarezinho no Estado do Paraná , observa-se , os aspectos das mudanças ocorridas no pós-guerra que influenciarão as estratégias políticas e pastorais da Igreja gerando um choque entre clérigos tradicionalistas e reformadores, percebe-se também, o desenvolvimento de uma neocristandade tardia, uma resistência à ala reformista da Igreja e um forte posicionamento integrista quanto às questões doutrinárias e políticas , assim, recusam-se as transformações na sociedade e na cultura que ocorrem em todo o mundo no pós-guerra através de uma postura doutrinal que busca um retorno à Idade Média e à manutenção das tradições católicas tridentinas, tais posições tem um reflexo em âmbito mundial durante as discussões por ocasião do Concílio Vaticano II e em nível nacional nas ações anticomunistas incluindo-se aí , o embate com o clero reformista e a luta contra a Reforma Agrária proposta pelo presidente Goulart, atitudes que acabaram por auxiliar a legitimação do Golpe de 1964.