Os carnavais do Rio de Janeiro e os limites da oficialização e da nacionalização (1934-1945)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Bezerra, Danilo Alves [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/93324
Resumo: Este trabalho discute os carnavais brincados na cidade do Rio de Janeiro entre os anos de 1934-1945 e a relação deles com o poder público. Para tanto, reportagens e imagens produzidas pelo jornal Correio da Manhã e pela revista O Cruzeiro – importantes órgãos da imprensa do período – foram analisadas no intuito de rastrear as diversas manifestações dessas folganças na cidade e os interesses destes e do poder público em demarcar os seus sentidos, articulados à brasilidade sonhada, ideário que era amplamente disseminado. Essa perspectiva se projeta na imprensa que se engaja, à sua maneira, para sua consecução. O Correio da Manhã participou ativamente desse processo na condição de intermediário entre poder público e agremiações carnavalescas a partir da coluna No Limiar da Folia, que emitiu durante todo o período um posicionamento nacionalista quanto ao tema dos enredos das Grandes Sociedades, ranchos, blocos e escolas de samba, tendo em vista mostrar a festa com aura de brasilidade. No mesmo sentido, O Cruzeiro promoveu uma intensa cobertura fotográfica, mais voltada às escolas de samba, dos diversos redutos festivos das décadas de 1930 e 1940, além de reportagens especiais que açambarcavam desde os bailes elegantes até os redutos simples das escolas de samba. Inseridos e pensados no contexto social e político, esses carnavais têm recortes específicos, a exemplo de 1934 a 1937, período de oficialização da festa dentro do projeto do Departamento de Turismo. Em seguida (1938-1942) os festejos são lançados em meio às diversas proibições outorgadas pelo Estado Novo. Por fim (19431945), a entrada do Brasil na Segunda Mundial provocará um arrefecimento intenso dos carnavais brincados na cidade do Rio de Janeiro