Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Soares, Gabriella Barreto [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/141989
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Resumo: |
Desordens musculoesqueléticas são uma das mais importantes questões de saúde ocupacional em profissionais de saúde, sendo os cirurgiões-dentistas um dos principais grupos afetados. pois trabalham em posturas estáticas, utilizam a mão com precisão e realizam movimentos repetitivos. Diante desta constatação, o objetivo do estudo é investigar a prevalência das desordens musculoesqueléticas em cirurgiões-dentistas e sua relação com variáveis ligadas a questões sociodemográficas, de trabalho e de saúde. Além de avaliar a percepção dos fatores do trabalho que podem contribuir para sintomas osteomusculares bem como identificar a relação entre a intensidade da dor e a incapacidade em cirurgiões-dentistas, trata-se de um estudo transversal e analítico, que foi realizado com todos os cirurgiões-dentistas do serviço público dos 40 municípios pertencentes à Divisão Regional de Saúde II, de São Paulo, que aceitaram participar da pesquisa (204). Os dados foram coletados por meio de entrevista, a partir da utilização de um questionário semiestruturado, composto por perguntas relacionadas ao perfil sociodemográfico, questões relacionadas ao trabalho e à condição de saúde dos profissionais aferidos. Foi utilizado também a versão brasileira do Questionário Nórdico e o Instrumento sobre fatores do trabalho que podem contribuir para sintomas osteomusculares. Para os sujeitos sintomáticos, também foram aplicados o Questionário de avaliação da incapacidade gerada pela dor (The Pain Disability Questionnaire-PDQ) e a Escala numérica de dor. Os dados foram analisados no software SPSS versão 21.0, em que análises descritivas, testes de confiabilidade, correlação, análise bivariada e regressão logística foram utilizados para testar as hipóteses do estudo. A maioria dos cirurgiões-dentistas eram mulheres (63,2%), cuja média de idade consistia em 43 anos e clinicavam, em média, há 21 anos. As desordens musculoesqueléticas foram mais prevalentes nas regiões de pescoço (55.4%), ombros (52.0%), região lombar (48.5%) e mãos/punhos (46.1%). Os fatores do trabalho percebidos como mais problemáticos foram: flexão ou torção da coluna de forma inadequada, o fato de continuar a trabalhar quando apresenta dor e trabalhar na mesma posição por longos períodos. A análise de regressão logística mostrou que existe correlação entre as desordens musculoesqueléticas no pescoço com idade (OR=9.48) e os problemas de saúde (OR=6.71). Além disso, associações foram encontradas entre desordens musculoesqueléticas nos ombros com gênero (OR=5.88) e pausas entre atendimentos (OR=4.17). A comparação entre os cirurgiões-dentistas sintomáticos e assintomáticos apresentaram diferença significativa (p <0,05) em sua percepção nos fatores relacionados ao trabalho. A análise da intensidade da dor e da incapacidade, com PDQ, nos cirurgiões-dentistas sintomáticos mostrou uma intensidade de dor média de 3,8 e médias do total de PDQ (11,46). Houve uma correlação significativa de forte magnitude (r = 0,697) entre a intensidade da dor e a pontuação total de incapacidade causada pela dor. Conclui-se que problemas de saúde diagnosticados, atividades relacionadas ao trabalho e gênero podem contribuir para desordens musculoesqueléticas em cirurgiões-dentistas, bem como se pode concluir que a análise da ocorrência de dor e problemas relacionados com o trabalho mostram que as desordens musculoesqueléticas já estão interferindo significativamente na vida dos cirurgiões-dentistas. |