Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Erthal, Heitor [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/310868
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Resumo: |
A presente pesquisa investiga de que maneira a política externa bolsonarista sobre a saúde impactou na relação entre o Brasil e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) durante o governo de Jair Bolsonaro (2019-2022). A hipótese central da pesquisa considera que essa relação foi marcada tanto por mudanças quanto por continuidades, com destaque para a permanência de práticas que contrastavam com o discurso da extrema direita populista. Apesar da retórica de ruptura com o passado, presente desde a campanha eleitoral, a materialização de mudanças profundas na política externa revelou-se complexa e limitada. A pesquisa adotou abordagem qualitativa, fundamentada na análise de documentos oficiais, discursos, entrevistas e literatura especializada. O estudo buscou compreender como a interação entre Brasil e OPAS evoluiu nesse período, considerando tanto os momentos de cooperação quanto os episódios de tensão. Em particular, a investigação avaliou a influência do discurso populista de extrema direita na formulação e implementação da política externa brasileira em saúde, assim como os fatores que possibilitaram a continuidade de práticas institucionais anteriores. A relevância desta tese reside na necessidade de aprofundar a análise das relações entre Brasil e OPAS em um período de grande complexidade na política externa brasileira. O governo Bolsonaro adotou um posicionamento disruptivo, que levantou questionamentos sobre o impacto da política externa na saúde pública e na cooperação internacional. A análise das mudanças e continuidades nessa relação permitiu melhor compreender a condução da política externa brasileira em saúde e seus reflexos na governança regional, contribuindo também para a reflexão sobre a resiliência institucional da política externa do país. Além disso, a pesquisa foi fundamentada na relevância histórica da OPAS para o desenvolvimento da saúde pública brasileira. Com extensa trajetória de cooperação, a organização exerceu um papel central na formulação de políticas e programas de saúde no Brasil. A investigação dessa relação possibilitou compreender a evolução das políticas de saúde e o impacto de atores internacionais nesse processo. Por fim, a tese visou a ampliar o debate sobre as políticas externas populistas no Sul Global. Os resultados da pesquisa contribuíram para o desenvolvimento de estratégias mais eficazes de cooperação e governança regional em um cenário global de crescentes desafios políticos e sanitários. |