Distribuição dos foraminíferos recentes associados à vegetação na faixa estuarina do Rio Itapanhaú, Bertioga, São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Moreno, Duilio Prado [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/92885
Resumo: O presente trabalho tem a finalidade de estudar a distribuição dos foraminíferos no estuário do Rio Itapanhaú, Bertioga, São Paulo, objetivando em contribuir com o conhecimento de tal comunidade dentro do estuário. As águas intersticiais das lamas desse estuário, tiveram, em março de 2003, valores de salinidade variando de 30,5 a 2 e pH oscilando entre 7,54 e 4,62. A abundante microfauna de foraminíferos é representada por 27 gêneros e 29 espécies, sendo amplamente dominada por textulariinos (23 espécies). O Rio Itapanhaú foi dividido em cinco biofácies baseado nas espécies dominantes e subdominantes de foraminíferos: Biofácies I (Ammonia spp./Elphidium spp.); Biofácies II (Arenoparrella mexicana/Haplophragmoides wilberti/Trochammina inflata) e Biofácies III (H. wilberti/Milimammina fusca/A. mexicana); Biofácies IV (M.fusca/H. wilberti/A. mexicana), com valores de salinidade abaixo de 12, e Biofácies V (Miliammina fusca). No médio e alto estuário a diversidade e equitatividade de foraminíferos alcançam seus menores valores, refletindo o estresse desta comunidade ao grande volume de água doce. Miliammina fusca tem sua abundância gradativamente aumentada em direção à montante do estuário, associando-se a bancos de lama colonizados sucessivamente por vegetação de Spartina sp. Crinum sp. e Scirpus sp. A diversidade e equitatividade da comunidade de foraminíferos próxima ao oceano apresentam maiores valores. Relações biofaciológicas e fitofaciológicas permitem ver que enquanto o baixo estuário possui apenas uma fitofácies, segmentada em biofácies I, II, III e IV. Já no médio e alto estuário a situação é invertida, havendo praticamente apenas uma única biofácies de foraminíferos (Biofácies V). As biofácies de foraminíferos aqui reconhecida podem auxiliar estudos paleoecológicos e palegeográficos e compreender a evolução da flora estuarina bem como a hidrodinâmica do estuário.