Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Wellington Amarante [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/152042
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Resumo: |
Esta tese tem por objetivo central analisar histórico-comparativamente o papel das emissoras educativas no campo televisivo francês e brasileiro entre os anos de 1994 e 2002, tendo como eixo-central as relações sociais que tornaram possível a criação da La Cinquième e do Canal Futura. A La Cinquième, canal educativo público, inaugurado em 1994, foi criada com o objetivo de colaborar para suprir as carências educativas francesas e ajudar a retirar o país da crise. O seu surgimento ocorreu em meio a uma reorganização do campo televisivo francês após desarranjos causados pela quebra do monopólio público na década de 1980. O Canal Futura, emissora privada, criada em 1997, possibilitou às Organizações Globo reforçar a imagem de suas empresas, sobremaneira da Rede Globo, dada a simbiose entre as duas emissoras, como eficaz prestadora de serviço social e comprometida com a difusão de conteúdos culturais e educativos para toda a sociedade brasileira. A existência do Canal Futura demonstrava a eficiência do modelo televisivo comercial em garantir produções educativas de qualidade, deslegitimando às experiências públicas em televisão educativa, especificamente a TVE, do Rio de Janeiro e a TV Cultura, de São Paulo. Nesse sentido, buscamos confrontar a hipótese de que a La Cinquième e o Canal Futura, ainda que de naturezas distintas (público e privado), e com atuação em campos televisivos diferentes, enfrentaram, ao longo de suas trajetórias iniciais, os mais variados desafios, muitas vezes com práticas semelhantes, o que confirma a inserção das emissoras no debate internacional, aberto em vários países, sobre as formas de potencializar os usos educativos da televisão na superação das desigualdades socioeconômicas, mas também na exploração do audiovisual educativo um novo nicho de mercado. A La Cinquième e o Canal Futura se utilizaram constantemente do termo conhecimento, estratégia reveladora da busca por uma imagem de inovação frente às representações de que a veiculação de conteúdos educativos na TV seria algo arcaico e tedioso. A difusão do conhecimento assumiria um ar mais leve, arrojado, moderno, ligado ao mundo da descoberta. Por fim, as tanto a La Cinquième quanto o Canal Futura aproximaram-se definitivamente dos elementos consagrados no campo televisivo, o que se expressou na utilização de artistas renomados, gêneros populares e outros formatos ligados ao entretenimento. |