Educação em direitos humanos: o uso de portfólios como estratégia educacional com estudantes do ensino médio e técnico profissionalizante

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Éder Junio da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/251765
http://lattes.cnpq.br/0699620141513498
http://orcid.org/0000-0002-7197-4510
Resumo: A Educação em Direitos Humanos (EDH) é obrigatória em todos os níveis e modalidades de educação desde 2012 quando foram promulgadas as Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos. Um dos grandes desafios para levar esse tipo de educação para dentro das salas de aula é a adoção de estratégicas metodológicas que possibilitem a relação entre os Direitos Humanos (DH) e as vivências dos estudantes, de modo que tais direitos sejam conhecidos e compreendidos como elementos constituintes da vida em sociedade. Por essa razão, o objetivo da presente pesquisa é identificar quais DH são percebidos por estudantes do Ensino Médio, antes, durante e após uma intervenção educacional que aborda o tema. Trata-se de uma pesquisa-ação desenvolvida em uma Escola Pública de Ensino Médio Profissionalizante, localizada na região noroeste do Estado de São Paulo, junto a uma turma do primeiro ano a qual é formada por 36 estudantes. Nesse processo, foram aplicados questionários antes e após as intervenções a fim de levantar os DH conhecidos pelos estudantes. As intervenções foram realizadas por meio de aulas dialogadas que problematizaram os artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) e, posteriormente, foram utilizados portfólios como recurso pedagógico para provocar a reflexão e a significação dos DH, favorecendo a subjetivação dos conteúdos a partir da vivência e realidade de cada estudante. Para tanto, foram propostos seis portfólios, com periodicidade quinzenal, durante um semestre letivo, resultando em um total de 202 documentos. Os resultados indicam que os estudantes ampliaram suas percepções sobre os DH e transcenderam os direitos trabalhados durante as intervenções ao mencionarem os direitos de grupos específicos, tais como criança e adolescente, estatuto do idoso, pessoas com deficiência, povos originários e meio ambiente. Diante desse resultado, o uso de portfólios demonstra potencial para viabilizar a relação entre sujeito e conteúdo a qual representa a subjetividade e a objetividade presentes nos processos de ensino-aprendizagem. Entendemos, portanto, que a proposta dos portfólios, ao estimular a relação entre a vida cotidiana e os DH, favoreceu o reconhecimento dos DH para além dos conteúdos abordados em sala de aula.