Dados clínicos na fase aguda do acidente vascular cerebral como preditores do não uso aprendido

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Costa, Rafael Dalle Molle da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181770
Resumo: Introdução: Aproximadamente 55 a 85% dos indivíduos após AVC apresentam comprometimento no membro superior. Um dos fenômenos que acometem o membro superior afetado na fade crônica é o não uso aprendido, podendo ocorrer por fatores motores e comportamentais, fazendo com que o deixe de usar o membro superior nas atividades do cotidiano. Nos últimos anos o crescente número de unidades de AVC permite que a reabilitação se inicie em fases mais precoces, porém os fatores clínicos associados na fase aguda para o desenvolvimento do não uso aprendido não estão estabelecidos. Objetivo: Avaliar quais são os fatores preditivos na fase aguda do paciente após AVC para desenvolvimento do não uso aprendido do membro superior comprometido. Método: Trata-se de um estudo de coorte prospectiva não concorrente com amostra de 38 pacientes com diagnóstico de AVC isquêmico. Foi realizado da coleta na alta hospitalar dos dados clínicos e sociodemográficos, fatores de risco, escalas de gravidade e incapacidade (NIHSS, mRS e Barthel), avaliação neuromuscular (tônus muscular e preensão palmar) e sensorial. Após 90 dias da alta hospitalar foram avaliados a escala MAL para detectar o não uso aprendido, além da qualidade de vida por meio da Euroqol. Foi realizado teste T para análise univariável comparando os indivíduos com e sem o não uso aprendido, e modelo linear generalizado para encontrar possíveis preditores. Os dados foram considerados significantes se p<0,05. Resultados: Na análise comparativa dos 2 grupos encontrou-se significância entre os grupos ao analisar as variáveis clínicas (idade e creatinina), motoras (preensão palmar), sensorial (hipoestesia tátil), gravidade (NIHSS da alta) e incapacidade (mRS e Barthel da alta) com p<0,05. Em relação à qualidade de vida foi demonstrado que a mobilidade, cuidado pessoal, atividades usuais, ansiedade e depressão e percepção de qualidade de vida tiveram valores médios menores no grupo não uso aprendido. No modelo linear generalizado foi encontrado associação da idade (p=0,006), NIHSS da alta (p=0,036), preensão palmar (p=0,000), sensibilidade alterada (p=0,011), mRS na alta (p=0,009) e Barthel na alta (p=0,011) com o não uso aprendido. Conclusão: Com base nos resultados, a idade, gravidade, incapacidade e comprometimento neuromuscular e sensorial são preditores do não uso aprendido na fase crônica do AVC.