Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Ochoa, Clara Cecilia Reyes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/181183
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Resumo: |
Terapias efetivas de lesões na dura-máter representam um enorme desafio à medicina, devido à dificuldade de suturas com êxito e de vedação das meninges, aumentando os índices de mortalidade e morbidade destes pacientes. Biomateriais que possam favorecer a regeneração e impedir o extravasamento de líquido cefalorraquidiano sem produzir efeitos adversos são alvos da indústria farmacêutica. Este estudo avaliou a biocompatibilidade do Biopolimero de Fibrina (BPF) derivado de peçonha de serpente como arcabouço tridimensional para células-tronco mesenquimais (CTMs) em lesões na dura-máter de ratos wistar (Rattus norvegicus). As CTMs foram caracterizadas na quinta passagem por citometria de fluxo (ICAM, CD90, CD34, CD45, CD11b) e diferenciadas em linhagens osteogênica e adipogênica. Foram utilizados 4 grupos (n=20) de ratos Wistar machos adultos. O grupo C (controle) foi submetido à durotomia. Os grupos tratados foram submetidos à durotomia seguido de: Tratamento com Biopolimero de fibrina (BPF); células-tronco mesenquimais (CTMs); e BPF+CTMs, formado pela associação do Biopolimero de fibrina e células-tronco mesenquimais. As CTMs marcadas e associadas ao BPF foram avaliadas por imageamento da fluorescência in vivo. Os animais foram avaliados neurológica e clinicamente quanto à sensibilidade dolorosa, deiscência de pontos, infecção da ferida, consumo de alimento e água e habilidades motoras. Foram realizadas eutanásias dos animais aos 7 e 28 dias após cirurgia e coletado material para análise histológica, e proteômica. A extração de proteínas foi feita pela combinação com espectrometria de massa baseada no método de “shotgun”. O cultivo de CTMs mostrou na caracterização, células com morfologia congruente de CTMs, adesão em substrato plástico, expressão de marcadores positivos ICAM e CD90, e ausência a marcadores negativos CD34, CD45 e CD11b, autorrenovação e diferenciação em linhagens ostegênica e adipogênica. As CTMs foram visualizadas íntegras por imageamento in vivo da associação após 6 horas de implantação. Não houve diferença para os parâmetros deiscência, infecção da ferida, consumo de alimento e água e habilidades motoras entre os grupos. Os grupos BPF e BPF+CTMs apresentaram menor manifestação de sensibilidade dolorosa, em comparação aos grupos CTMs e C. Nas análises histológicas, o grupo C, se apresentou com uma lesão na dura mater ou lacuna no lugar da lesão, sem nem um tipo de atividade celular. No grupo BPF não foi observada bioactividade celular, nem manifestações de rejeição do implante no lugar da lesão. Nos grupos CTMs e BPF+CTMs foi observada atividade celular com presença de infiltrado inflamatório e interface. No entanto, no grupo BPF+CTMs a resposta inflamatória se apresentou exacerbada, levando a uma inflamação granulomatosa, indicando que a presença das CTMs foi responsável por este efeito. O perfil proteômico evidenciou principalmente moléculas envolvidas em processos celulares, desenvolvimento de sistema e resposta ao estímulo. A proteína PENK responsável pela modulação da expressão da dor foi expressa apenas naqueles grupos que não utilizaram BPF. Conclui-se portanto que o Biopolímero de Fibrina pode ser utilizado com segurança na reparação de lesões de dura mater, além de ser um excelente scaffold para células tronco. |