Fipronil e ethiprole: um estudo comparativo em organismos não alvos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Guedes, Thays de Andrade [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191027
Resumo: O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar. O fenilpirazol fipronil está dentre os inseticidas mais utilizados na cultura de cana-de-açúcar. Sua molécula é extremamente ativa e um potente desregulador do sistema nervoso central dos insetos. Devido a sua elevada toxicidade, moléculas como o ethiprole estão sendo empregadas na agricultura em busca de uma alternativa mais segura. Produzido a partir da modificação da molécula do fipronil, poucos estudos têm demonstrado que o ethiprole surgiu no cenário agrário como uma alterativa mais segura que o fipronil aos organismos não alvos em geral. O uso de bioindicadores permite o estudo dos possíveis riscos de inseticidas. Entre estes, plantas e organismos aquáticos são excelentes para avaliar efeitos de agrotóxicos no ambiente. No presente estudo, foi avaliada a ação de diferentes concentrações dos inseticidas Regent® e Curbix® em organismos não alvos, por meio de ferramentas macroscópicas em Allium cepa e Lactuca sativa e microscópicas em Oreochromis niloticus. Os testes de germinação de sementes e alongamento radicular em A. cepa e L. sativa foram utilizados para a avaliação dos efeitos fitotóxicos no desenvolvimento inicial das plantas. As alterações histopatológicas no fígado de O. niloticus, a quantificação de peroxidação lipídica (TBARS), localização in situ das proteínas de choque térmico (HSP70) e de fragmentação do DNA (TUNEL) foram empregadas para verificar o potencial tóxico dos inseticidas a nível celular. Os resultados das análises fitotóxicas em A. cepa demonstraram que o Curbix® induziu a redução da porcentagem de germinação, do índice de velocidade de germinação (IVG) e do alongamento das raízes expostas às maiores concentrações. Em L. sativa, as concentrações residuais de ambos os inseticidas estimularam a velocidade em que as sementes germinaram, bem como o alongamento de suas raízes. Também foi observado que as diluições com as maiores concentrações dos dois inseticidas empregadas em O. niloticus induziram peroxidação lipídica e alterações teciduais no fígado dos animais. Diante do apresentado, concluímos que o uso do Curbix® como alternativa ao Regent® é perigoso, uma vez que o Curbix® apresentou maior toxicidade que o Regent® em plantas e toxicidade similar a seu análogo em peixes.