Farfantepenaeus brasiliensis (Crustacea : Penaeoidea): morfologia do hepatopâncreas e sua relação com os metais pesados encontrados no litoral sul do Espírito Santo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Nunes, Erika Takagi [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/100568
Resumo: O hepatopâncreas dos crustáceos, também conhecido como glândula digestiva, passa por modificações morfo-funcionais em resposta a fatores como dieta, variações de temperatura, ciclo de muda, estágio reprodutivo e contaminação. Este trabalho objetivou analisar, morfologicamente, através de técnicas de microscopia eletrônica e de luz, o hepatopâncreas de fêmeas adultas do camarão-rosa Farfantepenaeus brasiliensis, em dois diferentes estágios de desenvolvimento gonadal, coletadas em Guarapari, Espírito Santo, Brasil, bem como relacionar esta espécie às condições ambientais, comparativamente ao camarão Xiphopenaeus kroyeri. A microscopia eletrônica de varredura evidenciou hepatopâncreas de tamanhos semelhantes nas fêmeas com gônadas desenvolvidas (DE) e naquelas esgotadas (ES), apresentando-se como um órgão não-lobado e recoberto por tecido conjuntivo com poros. Histologicamente, foram identificados cinco tipos celulares nos túbulos: células E (embrionárias), R (reabsortivas), F (fibrilares), B (vesiculares) e M (basais). Comparado às DE, o epitélio hepatopancreático das fêmeas ES mostrou-se mais escamoso, acidófilo, delimitando um amplo lúmen que contem partes das células B e R; nestas, ainda, as células M estiveram mais evidentes. As células R mostraram escassez em organelas, mitocôndrias apicais, vacúolos marcados para polissacarídeos ácidos, além de gotas lipídicas vistas principalmente nas fêmeas ES. As células F, fortemente marcadas pelo azul de bromofenol, apresentaram vesículas de secreção próximas às microvilosidades, retículo endoplasmático rugoso bem desenvolvido, em arranjo circular ou com cisternas dilatadas. As células B foram marcadas pela presença de grandes corpos digestivos com conteúdo polissacarídico neutro, sendo eliminado, posteriormente...