Produção de bioetanol utilizando cascas de banana, maracujá e coco verde por co-fermentação de Zymomonas mobilis e Pachysolen tannophilus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Ferreira, Juliana [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150460
Resumo: As crises no fornecimento de petróleo, a possibilidade de sua escassez, instabilidade dos preços e, principalmente, os efeitos negativos ao meio ambiente, aumentaram, nos últimos anos, o interesse pela procura de fontes alternativas para produção de energia. A possibilidade de produzir etanol a partir de resíduos lignocelulósicos é um grande atrativo para os pesquisadores, pois reduziria a necessidade em aumentar as áreas plantadas para incremento da produção, a competição direta com a produção de alimentos e o custo de matéria-prima. Diante do exposto, o objetivo deste trabalho foi estudar a produção de etanol por culturas individuais e co-culturas de Zymomonas mobilis e Pachysolen tannophilus usando cascas de banana, maracujá e coco verde hidrolisadas. O pré-tratamento ácido, seguido de hidrólise enzimática das cascas de banana, maracujá e coco, promoveram a liberação de 74,1, 87,2 e 13,4 g L-1 de açúcares totais, respectivamente. Foram avaliadas três concentrações de substrato (5, 10 e 15%) e três pH iniciais dos meios de fermentação (4,5; 5,0 e 5,5). Nas fermentações com a bactéria Z. mobilis, com os três resíduos, foi verificado que o substrato mais concentrado não contribuiu para um aumento significativo da produção de etanol. Além disso, a maior concentração do produto foi de 2,9 g L-1, obtido nas fermentações de cascas de banana hidrolisadas com concentração de 5%. Já nas fermentações com a levedura P. tannophilus, as maiores produções de etanol foram determinadas utilizando hidrolisado de cascas de maracujá com concentração de sólidos de 10%, proporcionando a produção de 10 g L-1 de etanol. E a associação da bactéria Z. mobilis e da levedura P. tannophilus, no processo de co-cultura, mostrou potencial para a fermentação dos hidrolisados lignocelulósicos. O sistema de inoculação que apresentou melhores resultados foi aquele no qual a bactéria foi inoculada no inicio do processo, e depois de 7 h de fermentação, a levedura foi inoculada. Além do mais, os melhores resultados obtidos com esse sistema foram os das fermentações com cascas de banana hidrolisadas, sendo determinada concentração 11,3 g L-1 de etanol.