Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Aquino, Maurício de [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/103158
|
Resumo: |
Este trabalho defende a tese segundo a qual as relações entre Estado, Igreja Católica e Sociedade no prelúdio da ordem republicana brasileira devem ser entendidas no âmbito das articulações e tensões entre a modernidade e a diocesanização. Esse conceito, entendido a partir da categoria de estratégia como formulada por Michel de Certeau, indica nesta pesquisa um amplo e complexo processo de recomposição de lugares físicos, de lugares políticos e de lugares teóricos a partir da expansão do número de dioceses criadas na Primeira República brasileira. No campo da historiografia, diocesanização apresenta-se como um contraponto crítico ao uso interpretativo do conceito de estadualização da organização eclesiástica consagrado em influente livro de Sérgio Miceli, escrito nos anos 1980, sob o título de A Elite Eclesiástica Brasileira (1890-1930), sobretudo, em análises que reduzem as ações eclesiásticas à finalidade de obtenção de um pacto oligárquico. Postulando as relações entre Estado republicano e Igreja Católica desde a noção de equilíbrio móvel das tensões, inspiração teórica que remete aos trabalhos de Norbert Elias, esta pesquisa demonstra, a partir do estudo da criação e construção da diocese de Botucatu no interior do estado de São Paulo, as dinâmicas rearticulações de aproximação e de conflito entre os membros dessas instituições e entre os projetos civilizatórios civis e eclesiásticos do período, assentadas, de um lado, na laicidade pragmática do Estado ainda muito pautada pelo regalismo do período imperial; e, de outro lado, na autocompreensão de “sociedade perfeita” da Igreja, desde a “teoria teológico-política dos dois poderes” na qual as sociedades “civil” e “eclesiástica” eram consideradas distintas e... |