Cana hidrolisada associada a diferentes tipos de ureia na dieta de vacas leiteiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Bezerra, Rogério Aleson Dias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/166389
Resumo: A necessidade em proporcionar alternativas de dietas para vacas leiteiras por meio do uso da cana-de-açúcar hidrolisada é cada vez maior. Várias pesquisas foram realizadas com a cana hidrolisada com cal virgem ou hidratada, porém são poucas visando a associação da cana hidrolisada com a silagem de milho, assim como com a ureia pecuária e a ureia protegida. A partir disto, objetivou-se avaliar a inclusão da ureia na hidrólise ou diretamente no cocho sobre: a composição bromatológica e pH; digestibilidade in vitro e aparente; consumo de alimentos; produção e composição do leite; parâmetros sanguíneos e análise parcial de custos. O experimento foi realizado na FCAV/UNESP e APTA-Colina. Foi utilizada a cana-de-açúcar, cultivar IAC 86- 2480 (12 meses - 5º corte). Para a hidrólise foi utilizada a cal hidratada (MgO = 1,5%, CaO total = 72,5%, Ca (OH)2 = 95,5%) e a calda foi preparada na proporção de 0,5 kg de cal em 2 litros de água para 100 kg de cana-de-açúcar picada. Após este processo foi realizado o amontoamento do volumoso e fornecido aos animais 6 horas após a hidrólise. O trabalho foi dividido em quatro experimentos. O primeiro experimento foi realizado em DIC, disposto em esquema fatorial 2 x 2 (2 formas de utilização e 2 tipos de ureia) e avaliado a composição bromatológica e determinação do pH. No experimento 2 avaliou-se a digestibilidade in vitro, utilizando um bovino macho da raça Nelore, castrado e canulado no rúmen, com peso médio de 600 kg, como doador do conteúdo ruminal, sendo o delineamento, semelhante ao descrito no primeiro experimento. Já no terceiro experimento, utilizou-se um quadrado latino 4 x 4 (4 animais, 4 períodos e 4 tratamentos) a fim de avaliar o consumo de nutriente, digestibilidade aparente e parâmetros ruminais. E no experimento 4, foram utilizadas 8 vacas lactantes da raça Girolando (pós-pico de lactação), distribuídas em dois quadrados latinos contemporâneos, em arranjo fatorial 2 x 2, ou seja, dietas constituídas de 50% de cana-de-açúcar hidrolisada: 50% de silagem de milho, com inclusão de ureia pecuária+sulfato de amônio ou ureia protegida (Producote Feed ®) na hidrólise da cana ou fornecida no cocho. De acordo com os resultados encontrados, pode-se concluir que, independente da forma de aplicação ou tipo de ureia, a hidrólise da cana-de-açúcar com cal hidratada pode ser obtida com o uso destes no mesmo momento, a depender do preço e disponibilidade. O uso de ureia não influenciou a digestibilidade in vitro, consumo e digestibilidade aparente, parâmetros ruminais, desempenho animal, parâmetros sanguíneos e consumo dos nutrientes. Com relação a análise parcial de custo, a utilização da cana-de-açúcar hidrolisada pode reduzir o custo da alimentação, possibilitando um manejo dos volumosos ao longo do tempo conforme a disponibilidade para alimentação das vacas leiteiras.