Questão agrária na região de Bauru: produção desigual de espaços e territórios através da contradição entre o agronegócio e a luta por reforma agrária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Santos, Marcio José dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204166
Resumo: O presente trabalho tem por finalidade realizar um estudo regional da questão agrária, tendo como foco a região administrativa de Bauru. Buscamos reconstruir o processo geo-histórico da produção capitalista do espaço, a gênese do capitalismo na região, suas origens e heranças deixadas para a atualidade, demonstrando que as estruturas do passado dão materialidade e sustentação às formas do presente, como o agronegócio por exemplo. O agronegócio herdou as formas do passado para seguir o curso da dominação e concentração, produzindo desigualdades econômicas, sociais, espaciais e territoriais, sendo a síntese de uma agricultura projetada para atender as demandas do capital. Este modelo de agricultura é extremamente desigual e contraditório, evidenciado através do perfil e finalidade da organização da produção agrícola, na qual subordina a produção às necessidades do mercado global. Isso levou a sucumbência e desestabilização do campesinato, que procura resistir e se reproduzir através da luta pela terra, realizada por famílias de trabalhadores que foram expropriados ou que não possuem terras para produzir, mas que lutam para se inserirem numa estrutura agrária dominada pela agricultura capitalista globalizada. Os trabalhadores quando conquistam a terra através da luta de classes, encontram o desafio de transformar suas conquistas em territórios, pois não há possibilidade de garantir suas conquistas sem produzir diferenciações espaciais e territoriais na perspectiva de projetar sociabilidades antagônicas ao capital.