Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Agostinho, Júlia Maia Viudes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/244331
|
Resumo: |
Introdução: O exercício físico é capaz de promover adaptações positivas no músculo esquelético, principalmente nas mitocôndrias; mas os mecanismos destas alterações fisiológicas ainda não estão totalmente esclarecidos. Há indícios de que marcadores epigenéticos estejam influenciando tais mudanças. Objetivo: Analisar o envolvimento da metilação do DNA nas alterações fisiológicas ocasionadas pelo treinamento resistido dinâmico (TRD) em fibras musculares esqueléticas oxidativa, glicolítica e mista de ratos saudáveis. Métodos: Vinte e dois ratos machos Wistar adultos jovens foram divididos aleatoriamente em dois grupos: Controle (C) e Treinado (T). Após realização do teste de Carga Máxima (CM), os animais do grupo T realizaram o TRD durante 8 semanas subindo em escada vertical com adição progressiva de carga a cada semana. A força foi avaliada pelo teste de CM em diferentes momentos ao decorrer da intervenção. Após a eutanásia sob anestesia, os músculos esqueléticos extensor longo dos dedos (EDL), gastrocnêmio (G) e sóleo (S) foram removidos para: 1) análise de metilação global do DNA; 2) avaliação histopatológica; 3) quantificação de expressão de proteínas mitocondriais NRF2 e TFAM, e 4) determinação do consumo de oxigênio apenas no músculo misto gastrocnêmio. Para análise estatística, os dados foram analisados pelo teste T de Student não pareado. Todavia, outros testes foram recorridos a depender da normalidade assumida e do objetivo estipulado para cada variável. Valores de P inferiores a 5% (p <0,05) foram considerados significantes. Resultados: Os animais do grupo T conquistaram um aumento da força avaliada pelo teste de CM (p<0,003) após 8 semanas de TRD. A metilação global do DNA foi semelhante entre os grupos C vs. T para os músculos EDL (p=0,437), G (p=0,929) e S (p=0,976), porém, observou-se que o músculo misto gastrocnêmio apresentou maior percentual de metilação comparado aos demais músculos. Não foram encontradas diferenças no diâmetro dos músculos (p=0,799; p=0,778 e p=0,748, respectivamente), assim como a ausência de fibrose (p=0,556, p=0,268 e p=0,531) e de alteração na estocagem de glicogênio (p=0,556, p=0,459 e p=0,808) entre os grupos. A expressão de proteína mitocondrial NRF2 e TFAM nos diferentes músculos EDL (NRF2: p=0,0641; TFAM: p=0,1677), G (NRF2: p=0,7116; TFAM: p=0,7037) e S (NRF2: p=0,9510; TFAM: p=0,6088) foi semelhante entre os grupos. Também não foi observada alterações em variáveis relacionadas ao consumo de oxigênio no músculo misto (SCRSucc - p=0,121, RCRADP - p=0,766, FCRL -p=0,618 e FCRPI - p=0,134). Conclusão: Podemos concluir que o TRD de 8 semanas aumentou a força muscular, mas não promoveu alterações estruturais e em sua composição nas diferentes fibras musculares, nem afetou a metilação global do DNA. Ainda, foi observado que o percentual de metilação global do DNA foi extremamente variável nos diferentes tipos de fibras musculares, independentemente do TRD; sugerindo que cada fibra possui seu próprio potencial de metilação, com ou sem intervenção externa. Nesse sentido, sugere-se que a alteração na força não esteve envolvida nas modificações da metilação global do DNA, nem ocasionou alterações na atividade mitocondrial de fibras musculares oxidativas, glicolíticas e mistas de ratos saudáveis. |