A Ponte Sinestésica: o espaço metafórico de ligação entre a obra e o indivíduo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Nicolau, Luciana Cristina Ramos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Art
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/215946
Resumo: O presente trabalho trata da percepção na arte, tendo em vista as relações entre a obra e o indivíduo, com foco na criação metafórica de um espaço de ação, subjetivo e individual, em que a ativação sensorial se aproximaria de uma sinestesia metafórica. É proposto, então, o estabelecimento do que se nomeou Ponte Sinestésica, a qual se apresentaria como um elo temporário e delimitador de troca entre o interator e o objeto artístico, ativando sensorial, espacial e temporalmente sua percepção e sua memória. Nesse sentido, traz certas relações com o conceito de ressonância, desenvolvido por Wassily Kandinsky em seu livro Do Espiritual na Arte (1996), dialogando também com ideias de Rudolf Arnheim, no que se refere à percepção nas artes, em seu livro Arte e Percepção Visual - Uma Psicologia da Visão Criadora (2013). Quanto às relações da obra de arte com o espaço e o espectador, o trabalho faz aproximações com o texto La estetica de la recepcion desde la teoria platonica del arte (1989), de Ricardo Sánchez Ortiz de Urbina, e com os livros Site-specific Art – Performance, place and documentation (2006), de Nick Keye, e Sobre as Ruínas do Museu (2015), de Douglas Crimp, além de construir ligações com as definições de “espaço” e “fronteira” de Michel de Certeau, no livro A Invenção do Cotidiano (1998). Relacionando os conceitos do livro O Inconsciente Estético (2009), de Jacques Rancière, e as reflexões de José Ortega y Gasset no texto “O bosque”, integrante do livro Meditações de Quixote (1967), desenvolvem-se também as características da Ponte Sinestésica. Por fim, são analisadas algumas aproximações entre os livros de artista e as instalações artísticas, conectando-os com a Ponte Sinestésica e levantando as suas possibilidades de interrelação, abordando-se, para isso, quatro obras: Tábula (2015), de Edith Derdyk, e Abismo (2012) de Lucia Mindlin Loeb, ambos livros de artista, e Embutido Recôncavo – Recôncavo Embutido (2003), de Marepe, e Microscópio para São Paulo (2011), de Olafur Eliasson, que se tratam de duas instalações.