Espaços da nova revolução industrial: os Fab Labs em São Paulo - SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Diniz, Gustavo da Silva [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/194232
Resumo: As transformações no espaço industrial derivadas da Revolução Digital na Fabricação e de uma nova fase técnica da indústria – Digitécnica - requerem, para sua compreensão, a análise de conceitos como Fabricação Digital, Manufatura Aditiva e Indústria 4.0, todos no contexto de uma “Nova Revolução Industrial” ou “Quarta Revolução Industrial”. Para melhor compreender as mutações na relação entre espaço e indústria, propõe-se o conceito de “Espaços da Nova Revolução Industrial” e a análise dos Fab Labs, espaços de educação, inovação, fabricação e serviços, caracterizados por sistemas de objetos relacionados às tecnologias de fabricação digital e sistemas de ações abertos e colaborativos, conectados a uma rede mundial distribuída de laboratórios locais. Nesta perspectiva, a pesquisa realizada teve como objetivo geral caracterizar o que são os “Espaços da Nova Revolução Industrial” e analisar se os Fab Labs podem ser considerados “Espaços da Nova Revolução Industrial”. O recorte espacial da investigação científica foram os Fab Labs na cidade de São Paulo - SP - Brasil, município que concentra a maior quantidade de laboratórios no país. O método de análise empregado é o proposto por Santos (2004), buscando-se compreender os sistemas de ações e os sistemas de objetos presentes nos Fab Labs em São Paulo, bem como suas dinâmicas de uso, redes e conexões estabelecidas. Como resultado, são identificadas quatro principais características dos “Espaços da Nova Revolução Industrial”: sua dinâmica de dados mundiais e produção local; as potencialidades para uma fabricação pessoal e personalizada, relacionadas à cultura maker; a emergência de uma fabricação aberta, democratizada e colaborativa, derivada da cultura open, de códigos abertos; e a relação dialética e contraditória entre um capitalismo digital sem atritos e as tecnologias de fabricação digital para emancipação humana. Conclui-se que os Fab Labs são Espaços da Nova Revolução Industrial, corroborando a hipótese de pesquisa, sendo possível verificar a presença dos principais elementos dos Espaços da Nova Revolução Industrial nos espaços dos Fab Labs. Por fim, evidenciam-se as relações entre as análises teóricas e empíricas desenvolvidas por meio da identificação de temas e perspectivas para os Fab Labs, os quais demonstram que uma Nova Revolução Industrial pode se desenvolver em vias mais includentes e emancipatórias, por meio de uma fabricação e inovação abertas, democratizadas e colaborativas.