Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Couto Júnior, Antonio Aparecido |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/192562
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Resumo: |
As taxas de denudação de longo prazo são reconhecidamente um parâmetro importante na caracterização e na compreensão da evolução geomorfológica dos continentes, de maneira que todos os métodos cabíveis devem ser empregados em sua avaliação, inserindo-se nesse contexto os métodos geocronológicos 40Ar/39Ar e (U-Th)/He. A presença de relevos residuais da Superfície Sul-Americana, com coberturas detrito-lateriticas ricas em minerais supergênicos, torna a região de Caldas Novas – Rio Quente/GO ideal para a realização de estudos dessa natureza. Nesse contexto, o objetivo deste estudo consistiu em caracterizar a evolução do relevo da referida região, bem como obter informações sobre a história de intemperismo, paleoclima e denudação dessa região brasileira durante o Cenozoico. Para tanto, além dos métodos geocronológicos supracitados, foram aplicadas técnicas microanalíticas nos minerais amostrados, além de modelagem espacial da área de estudo em ambiente SIG. Datados através do método (U-Th)/He, as goethitas apresentaram idades entre 55,34±5,5 e 0,13±0,01 Ma, indicando a existência de períodos de intemperismo químico intenso no transição entre o Paleoceno e Eoceno, no decorrer do Eoceno e na transição entre o Oligoceno e o Mioceno, bem como no decorrer do Pleistoceno. O conjunto de dados geocronológicos indicou a relação direta entre a precipitação dos minerais analisados e os ótimos climáticos do Cenozoico. Atribuídas às goethitas amostradas no topo da Serra de Caldas, as idades mais antigas obtidas para a Superfície Sul-Americana na área de estudo foram de 55,34±5,5 Ma. A partir dessas idades, as taxas de denudação de longo prazo estabelecidas para a região foram de 6 m/Ma, valores próximos aos obtidos em estudos análogos realizados em regiões tropicais da América, África e Oceania. Considerando apenas o Cenozoico, a evolução do relevo regional foi possivelmente guiada por processos de etchplanação (BÜDEL, 1957; 1963; 1982). A partir de um recorte temporal maior, a paisagem da área de estudo pode ser interpretada como um produto da alternância entre os referidos processos e possíveis episódios de pediplanação (KING, 1955; 1962), caracterizando um relevo poligenético. |