Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Falasca, Patrícia [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/151014
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Resumo: |
Esta pesquisa busca discutir, em uma perspectiva dialógico-discursiva de base bakhtiniana, a relação existente entre a formação identitária de alunos adultos em processo de aquisição/aprendizagem de alemão como língua estrangeira (LE) e a argumentação na sala de aula. Considerando a língua materna como lugar de constituição identitária dos sujeitos, buscamos refletir e discutir os efeitos que a argumentação teria nesse processo e nos desdobramentos identitários trazidos pelo contato com o recorte de mundo e com os novos posicionamos presentes na LE. Segundo nossas hipóteses, a argumentação, definida como um recurso privilegiado na construção do conhecimento (LEITÃO, 2011; 2008; 2007a; 2007b; 2003), traz uma grande contribuição para a inserção do aluno na LE, além de permitir que seja criado, na sala de aula, um ambiente de interação dialógica e de colaboração na construção do conhecimento. Para realizar tal discussão, lançamos mão de um corpus coletado a partir de um curso de conversação em alemão, com duração de um semestre (14 aulas de 90 minutos cada), do qual participaram quatro alunos entre 21 e 29 anos de idade. O curso, especialmente idealizado e preparado para a coleta dos dados desta pesquisa qualitativa, realizou-se de forma a enfatizar a participação dos alunos em atividades essencialmente argumentativas, nas quais eles deveriam operar, nas trocas interativas, movimentos de argumento – contra-argumento – resposta, de maneira a, ao argumentar, colocar-se como sujeitos na LE, à medida que construíam seus argumentos e justificativas, lidando com a língua alemã em seus mais variados aspectos. Com isso, era esperado que os alunos fossem engajados em um diálogo real, no qual o embate de ideias está presente de forma latente. A partir das gravações em vídeo das aulas, selecionamos e transcrevemos as 62 cenas nas quais interações argumentativas foram encontradas, de forma a observarmos seu desenvolvimento ao longo do curso e a forma como os alunos participam de tais interações. Segundo nossas análises, pudemos perceber que, de fato, a inserção de atividades de cunho argumentativo favorece a instauração de uma dinâmica dialógica diferenciada na sala de aula, levando os alunos a resolverem não apenas questões relacionadas ao embate de ideias sobre determinados temas, mas também dúvidas e questionamentos relacionados à própria língua estrangeira (sintaxe, vocabulário, etc.), as quais surgiam ao longo das interações. Além disso, pudemos perceber o importante papel desempenhado pela argumentação ao permitir que os alunos participassem de um diálogo muito próximo ao real e assumissem, nessas interações, uma posição identitária de acordo com seus argumentos e opiniões, vinculados à língua estrangeira. |