Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Braga, Juliana Cardoso |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/181893
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Resumo: |
A maior parte das empresas moveleiras existentes no Brasil (97%) são constituídas por Micro e Pequenas Empresas (MPEs). A produção é essencialmente de móveis fabricados por encomenda e sob medida e empregam processos de fabricação semi-artesanais. Os processos de produção não são sustentáveis, o que se traduz em desperdícios e em um grande volume de resíduos. Os resíduos compostos, principalmente, por restos de madeira reconstituída (principalmente de MDF) muitas vezes são eliminados de modo irregular no espaço público, queimados a céu-aberto ou em fornos de padaria. O descarte irregular de resíduos constitui uma ameaça para a saúde pública e para o ambiente, degrada a imagem das periferias e acentua as assimetrias sociais. As ações de fiscalização e de penalização têm sido ineficazes, pelo que urge repensar o problema envolvendo a geração e a disposição de resíduos dessas empresas. A “pulverização” de MPEs do setor por um território muito vasto e a reduzida dimensão dessas estruturas produtivas têm dificultado as ações de sensibilização para uma mudança do paradigma produtivo, porque essas empresas estão, na sua maioria, demasiado preocupadas com a sua subsistência. Essa investigação objetivou identificar e minimizar os desperdícios e o descarte irregular de resíduos por parte das MPEs moveleiras, reduzindo os impactos ambientais, econômicos e sociais provenientes da produção de mobiliário personalizado por meio do design estratégico sustentável. Em termos metodológicos, foi utilizada a Investigação Ativa (Active Research), integrada com um processo participativo entre os stakeholders. O estudo de campo conduziu-se em um contexto local, na região do Triângulo Mineiro, Minas Gerais, Brasil. A partir do diagnóstico realizado em cinco MPEs de mobiliário personalizado da região foi desenvolvido um modelo de design estratégico sustentável, composto por um conjunto de estratégias, diretrizes e ferramentas, que propõe a melhoria progressiva de produtos, serviços e processos produtivos. O modelo foi avaliado por um painel de dez especialistas e um plano de ação foi determinado visando sua inserção em uma empresa piloto. O modelo designado Projeto Caco foi parcialmente implementado em uma MPE de mobiliário. Como resultado parcial da investigação verificou-se que em consequência da estratégia de negociação e articulação de interesses públicos e privados promovida pelo Projeto Caco, 60 marcenarias da região do Triângulo Mineiro passaram a destinar os resíduos de modo ambientalmente correto em um aterro industrial licenciado. Os resultados demonstraram que o modelo é um recurso para reduzir os desperdícios e os impactos sociais, ambientais e econômicos das MPEs moveleiras, para incentivar a destinação correta de resíduos, reduzir a degradação do espaço público, gerar economia aos cofres públicos municipais e reduzir os impactos para a sociedade afetada pelo descarte irregular de resíduos. |