Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Gonçale, Juliana Caparroz |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/237074
|
Resumo: |
Anfotericina B pertence a primeira classe (polienos) de medicamentos antifúngicos introduzidos no mercado. O amplo espectro de ação e a baixa taxa de resistência microbiana, definiram a anfotericina B como tratamento de escolha para as infecções graves por Candida spp. Porém, os efeitos colaterais causados pela sua toxicidade impulsionaram o desenvolvimento de novas formulações a base de lipídios. Assim, o objetivo desse estudo foi comparar os efeitos antifúngicos da formulação lipossomal da anfotericina B (AmB-L) com a formulação convencional de anfotericina B desoxicolato (AmB-D). Para isso a atividade antifúngica foi testada sobre diferentes espécies de Candida, incluindo Candida albicans (cepa clínica 70), Candida glabrata (cepa clínica 64), Candida tropicalis (cepa clínica 11) e Candida parapsilosis (cepa ATCC 90018), utilizando-se métodos de estudo in vitro e in vivo. Em estudo in vitro, foi determinada a concentração inibitória mínima (CIM) em células planctônicas por meio do método de microdiluição em caldo. A seguir, concentrações de 10x, 20x e 50x a CIM foram testadas sobre os biofilmes de Candida, verificando-se seus efeitos pela contagem de unidades formadoras de colônias (UFC). Para o estudo in vivo, foi utilizado o modelo invertebrado Galleria mellonella. Os animais foram infectados por Candida e tratados com as formulações de anfotericina B, então foram monitorados diariamente para determinação da curva de sobrevivência e índice de saúde. Os resultados dos testes in vitro demonstraram atividade antifúngica semelhante entre AmB-L e AmB-D em crescimento planctônico. Ambas as formulações apresentaram valores de CIM de 0,5 μg/mL para C. albicans e C. parapsilosis, e de 1 μg/mL para C. glabrata e C. tropicalis. Nos biofilmes, AmB-D apresentou maior atividade inibitória em relação à AmB-L, para todas as cepas de Candida estudadas. Nos testes in vivo, o tratamento com AmB-L ou AmB-D aumentou a sobrevida e índice de saúde das larvas infectadas por Candida, sendo observada maior eficácia da formulação AmB-D em relação à AmB-L. Portanto, concluiu-se que AmB-L e AmB-D apresentam a mesma efetividade sobre células planctônicas, mas AmB-D mostrou maior ação antifúngica sobre biofilmes e infecção experimental no modelo G. mellonella. |