Efeitos do grau trófico e distância espacial entre sub-bacias alteram a distribuição de rotíferos em um grande rio?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Martins, Bárbara Araújo [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/215383
Resumo: Foram estudados os rotíferos coletados na Bacia do Rio da Prata, a segunda maior da América do Sul, em janeiro (verão) e julho (inverno) de 2010, em 43 pontos, em trechos lóticos e reservatórios (zona de montante e próximo às barragens). As amostras foram realizadas por meio de arrasto vertical na coluna d’água com rede planctônica de malha de 50 μm. Os resultados foram divididos em três capítulos: 1. Composição e riqueza de rotíferos da Bacia do rio da Prata, 2. Influência do gradiente de nitrogênio, fósforo e clorofila-a na estrutura da comunidade de rotíferos em reservatórios da bacia do rio da Prata e 3. Determinantes da diversidade beta em rotíferos da Bacia do Rio da Prata. No capítulo 1 é apresentada a lista de espécies e a riqueza nas sub-bacias amostradas, assim como a diferença na riqueza entre os períodos amostrados. Neste capítulo foram registradas 106 espécies, e novas ocorrências foram encontradas no Brasil (Estado de São Paulo) e na Argentina. A sub bacia com maior riqueza foi do Baixo rio Paraná. No capítulo 2 foram utilizados apenas os pontos em 15 reservatórios da Bacia do Rio da Prata. Foi utilizada a análise TITAN com o objetivo de: i) avaliar qual é o limiar de concentração de variáveis relacionadas à eutrofização que alteram a estrutura da comunidade para rotíferos, ii) compreender quais espécies de Rotifera estão relacionadas positiva ou negativamente ao aumento dessas variáveis tendo sido encontradas 71 espécies e dessas 06 foram consideradas bioindicadoras, reforçando que rotíferos respondem às variáveis ambientais relacionadas diretamente com o nível trófico de ambientes aquáticos, especialmente em reservatórios. E no capítulo 3 a heterogeneidade, a diversidade beta e a influência de variáveis ambientais de rotíferos foi estudada em rios e reservatórios. Foram utilizadas as análises db-RDA, PERMANOVA, o coeficiente de dissimilaridade de Sorensen, ANOVA e a diversidade beta foi separada nos componentes substituição e diferenças na riqueza/abundância. Testamos as hipóteses: (i) os principais determinantes da diversidade beta dos rotíferos são variáveis ambientais relacionadas à eutrofização; (ii) devido à sua ampla distribuição geográfica em geral, o fator espacial não será importante; (iii) devido a heterogeneidade ambiental entre as sub-bacias, a substituição de espécies será mais importante do que a perda/ganho de espécies. Os resultados indicaram que a substituição de espécies explicou a maior porcentagem da dissimilaridade entre as sub-bacias, sendo as variáveis ambientais o principal fator determinante.