Interação funcional e molecular da proteína anexina A1 e do quimioterápico cisplatina no carcinoma de colo de útero

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Prates, Janesly
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
ID1
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/154322
Resumo: O câncer de colo de útero apresenta altas taxas de incidência e mortalidade, e sua progressão depende de características genéticas e interações das células tumorais, epiteliais e inflamatórias. A maioria dos protocolos de tratamentos, neste tipo de câncer, utiliza a Cisplatina (Cis). No entanto, este quimioterápico induz efeitos colaterais, como a nefrotoxicidade, por isso alternativas terapêuticas tem sido estudadas, como a proteína anexina A1 (ANXA1), que apresenta ações anti-inflamatória, antiproliferativas e também modula a expressão do gene Inibidor de Diferenciação ao DNA 1 (ID1) no processo tumoral. Com essas considerações, o objetivo do trabalho foi investigar a interação molecular dos mediadores ANXA1 e ID1 com a Cis em linhagem celular, e relacionar com tecidos neoplásicos intraepiteliais no processo tumorigênico cervical. As células SiHa (carcinoma epidermóide de cérvice), tratadas com o peptídeo da anexina A1 (AC2-26), Cis e AC2-26+Cis, foram avaliadas nos ensaios de proliferação, citotoxicidade, migração celular, apoptose, imunolocalização e expressões dos genes ANXA1 e ID1, e das proteínas ANXA1, ID1 e ERK1/2 (Quinase Regulada Extracelularmente 1/2). As amostras de tecidos cervicais foram analisadas histopatologicamente e as expressões proteicas de ANXA1 e ID1, por imuno-histoquímica. Os tratamentos, em todos os grupos, diminuíram a proliferação e migração celular, sem efeitos citotóxicos. Enquanto, Cis e AC2-26+Cis induziram as células aos processos de apoptose tardia, diminuição da expressão do ID1 e aumento da ANXA1, indicando a atividade antineoplásica da cisplatina. A administração Cis e AC2-26+Cis inativou ERK1/2 fosforilada e induziu a translocação nuclear da ANXA1. As expressões das proteínas ID1 e ANXA1 foram observadas nas amostras teciduais de Neoplasias Intraepiteliais Cervicais (NIC), com intensa imunomarcação de ID1 em NIC III. Em conjunto, os dados obtidos nesse trabalho fornecem entendimento adicional do mecanismo de ação da cisplatina na modulação dos mediadores ID1 e ANXA1 no processo tumorigênico. Esses achados podem delinear novas estratégias para a intervenção terapêutica no câncer de colo de útero.