Conhecimentos “de” e “sobre” geometria de duas professoras iniciantes no contexto de um grupo colaborativo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Zortêa, Gislaine Aparecida Puton
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/154335
Resumo: A presente dissertação vincula-se à linha de pesquisa “Educação Matemática” do Programa de Pós-Graduação em Ensino e Processos Formativos da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” de Ilha Solteira – SP (FEIS/UNESP) e teve como objetivo verificar em que sentido a experiência de compartilhar e narrar suas experiências em Geometria contribui para o aprender e ensinar em um grupo com características colaborativas. A metodologia adotada se enquadra no campo dos estudos qualitativos na modalidade de pesquisa ação-estratégica. Os dados foram coligidos no contexto de sessões reflexivas, bem como por meio de dois roteiros de entrevista semiestruturada com duas docentes em início de carreira no ambiente da colaboração. Adotamos um referencial teórico que discute aspectos da formação para o ensino de Matemática em cursos de Pedagogia, a presença da Geometria na Educação Básica a partir de uma articulação com as bases para o ensino de Lee Shulman (conhecimento específico de conteúdo, conhecimento pedagógico de conteúdo e conhecimento curricular de conteúdo) e processos de colaboração experienciados por grupos colaborativos no Brasil no campo da Educação Matemática. O contato direto com a situação problematizada nesta dissertação possibilitou caracterizar a fase do início da docência como sendo um momento conturbado, conflituoso e, ao mesmo tempo, de aprendizagens intensas para professoras iniciantes, uma vez que, no cotidiano da profissão, elas acabam por mobilizar saberes para “sobreviver” aos desafios que lhes são apresentados tanto pela escola quanto pela prática pedagógica em Matemática. No espaço do grupo, foi possível verificar que a interação com os demais membros proporcionou, pelo que indicam os dados, a ampliação do repertório didático-pedagógico em relação aos conteúdos ligados à Geometria, o que acaba por contribuir para o resgate desse campo matemático no cotidiano das aulas, como ainda para a prática de reflexão “de” e “sobre” seu ensino. Um elemento importante foi que no decorrer da experiência de pesquisa, com a prática de estudo coletivo, organização e planejamento das aulas, as professoras iniciantes passaram a gravar fragmentos de episódios de Geometria e compartilharam no grupo, razão que nos permite afirmar o potencial do recurso da videogravação como elemento de reflexão. Com o término desta investigação, é possível afirmar que as duas docentes tiveram contribuições importantes para a constituição de suas próprias práticas, promovendo autonomia e autocrítica ao se desenvolverem profissionalmente com apoio do grupo colaborativo.