O léxico das enfermidades na obra Erário Mineral (1735), de Luís Gomes Ferreira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Domladovac-Silva, Carolina [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/151109
Resumo: A presente dissertação tem como objetivo a sistematização e organização das informações e do conhecimento relativo às enfermidades no contexto aurífero e diamantífero do Brasil Colonial do século XVIII em um vocabulário especializado. Na primeira seção, apresenta-se a escolha do Erário Mineral (FERREIRA, 1735) como corpus para leitura e recolha dos itens lexicais que designam as enfermidades. Observam-se ainda as respectivas formas de cura e demais estratégias praticadas pelos cirurgiões-barbeiros para tratar os enfermos na época. Na segunda seção, encontram-se as teorias linguísticas, mais especificamente voltadas aos Estudos do Léxico, das quais se vale este trabalho. Com o auxílio da Informática e da Linguística de Corpus, expõe-se na terceira seção, o processo de extração e análise das unidades lexicais referentes ao domínio estudado. Verificam-se as unidades lexicais selecionadas, sistematizam-se e elaboram-se os verbetes. Na quarta seção, organiza-se um vocabulário especializado das enfermidades que acometiam os habitantes de algumas regiões do Brasil Colonial no contexto citado. Reúnem-se, a partir de recortes do discurso médico do século XVIII, as definições organizadas nos verbetes. No que concerne à macroestrutura, buscou-se contemplar na nomenclatura do vocabulário tanto as unidades lexicais da época e suas variantes quanto as unidades lexicais equivalentes, pertencentes ao discurso médico contemporâneo. A organização dessa nomenclatura segue dois critérios: uma proposta para a estrutura conceitual do domínio estudado e um índice alfabético. Em relação à microestrutura do vocabulário, apresentam-se cotejadas as definições de Ferreira (1735) e de outros autores da época para elaborar as definições nele organizadas. Parte-se de um recorte do universo discursivo médico do século XVIII para se chegar ao recorte do universo discursivo equivalente atual, tal como veiculado em dicionários gerais de língua portuguesa, registrando-se, assim, momentos da variação lexical do campo estudado. Finalmente, na quinta seção, encontra-se a análise semântica das unidades lexicais especializadas que designam as doenças de pele extraídas do corpus, dentre as quais algumas ainda acometem a população brasileira. Acredita-se que além de contribuição para as áreas de Estudos do Léxico, este trabalho seja também relevante nas áreas de História, Saúde, Ciências Médicas e afins.