Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Maringolo, Cátia Cristina Bocaiuva [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/115842
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Resumo: |
Pretende-se neste trabalho analisar a questão da memória em dois romances da escritora afro-brasileira Conceição Evaristo, Ponciá Vicêncio (2003) e Becos da memória (2006) como fator constitutivo para a construção da identidade das personagens protagonistas e como material constitutivo dos próprios romances. Os romances mnemônicos, tecidos pelas mãos habilidosas de narradores oniscientes, costuram retalhos de histórias por meio de uma constante revisitação ao passado. Ponciá Vicêncio, neta de negros escravizados, tenta emendar um tempo no outro: o tempo de Vô Vicêncio com seu presente a fim de proporcionar significado a sua existência. Maria Nova, narradora e protagonista de Becos da memória (2006), tenta por meio da memória (des)construir a favela de sua infância devastada pela ganância humana. Do mesmo modo que Ponciá e sua mãe produziam esculturas de barro, os narradores dos romances também tentam eliminar as sobras dando contorno a uma massa disforme de retalhos de memória. É por meio do recordar que a vida e as experiências das personagens protagonistas ganham significado, que a herança deixada por Vô Vicêncio se presentifica em Ponciá e que a favela, já não existente mais, reconstrói-se nos becos da memória de Maria-Nova |