Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Nakao, Daniela Capelas Centeno |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/202871
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Resumo: |
Os circuitos curtos de comercialização são definidos como a venda direta dos agricultores/produtores aos consumidores ou, no máximo, com um grau de intermediação. Nos primórdios da agricultura era a forma predominante de venda dos produtos e, após modernização da agricultura, voltou a ser revalorizada, especialmente pelos agricultores familiares, como alternativa de geração de renda em pequena escala. Este trabalho objetivou analisar as características dos agricultores que participam em circuitos curtos de comercialização e as suas diferentes estratégias de inserção no mercado, e também avaliar o perfil e comportamento dos consumidores das feiras livres do município de Jales - SP. Foi aplicado um questionário a 21 agricultores que comercializam em feiras livres e outro questionário específico, dirigido a 70 consumidores que frequentam as feiras livres do referido município. Constatou-se que 90,48% dos agricultores são familiares, tem a agropecuária como sua principal fonte de renda e apresentam grande diversificação de produção e comercialização, composta por olerícolas, frutas e alguns alimentos de origem animal. A maioria dos agricultores participam em mais de um canal de comercialização, inclusive em circuitos longos, embora considerem mais vantajosa a venda em circuitos curtos, o que envolve além da comercialização direta ao consumidor, também a venda a agentes ligados ao comércio varejista. A comercialização em circuitos curtos é responsável por mais de 80% da renda agropecuária para mais de 70% desses agricultores, contribuindo para a manutenção dessas famílias no campo. Os consumidores pesquisados possuem um perfil semelhante aos consumidores de feiras livres do país. A maioria vai à feira semanalmente e gasta em média até R$50,00 a cada visita, adquirindo com maior frequência hortaliças e frutas. A qualidade dos produtos é o maior motivo de comprarem regularmente há vários anos nas feiras (maioria a mais de 10 anos), porém, parte dos consumidores também compram os mesmos alimentos de outros agricultores. Dificuldades relatadas em comprar os alimentos nas feiras foram relatadas por um quarto dos consumidores (25,71%) e ainda, três quartos (77,14%) disseram que complementam as compras, dos mesmos alimentos, em supermercados e quitandas. A inserção em circuitos curtos de comercialização constitui-se em estratégia muito relevante para os agricultores familiares do município de Jales- SP. |