Efeito do tempo de confinamento sobre o desempenho, ganho em carcaça e rendimento de desossa de bovinos Nelore

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Moreira, Aline Domingues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/180271
Resumo: Objetivou-se avaliar o efeito do tempo de confinamento sobre o desempenho, ganho em carcaça e rendimento de desossa (padrão brasileiro) de tourinhos Nelore. Trezentos e sessenta animais (peso inicial= 389± 33.8 kg e 26 meses de idade) foram distribuídos em 36 baias (unidade experimental) para avaliar os tempos de confinamento, que consistiram em 61, 89, 117 e 145 dias. Foram utilizadas 9 baias por tempo de confinamento. Ao final de cada tempo de confinamento todos os animais foram abatidos. O delineamento experimental foi em blocos casualizados (o peso corporal inicial foi o critério de blocagem). As médias foram comparadas por contrastes ortogonais polinomiais, linear e quadrático, sendo considerado o nível de significância de 5% de probabilidade. Ao longo dos dias de alimentação os animais não diferiram no CMS, em kg/dia, porém quando expresso em porcentagem do peso corporal observou-se redução linear no consumo, no GMD, no GMDcar e nas EA e EAc a medida que o peso corporal aumentou linearmente (P < 0,0001). Os pesos de abate foram de 498, 533, 555 e 583 kg, para 61, 89, 117 e 145 dias de confinamento, respectivamente. Foram observados ganhos de 1,28, 1,21, 1,10 e 1,01 kg de carcaça/dia. O RC, RG e peso de carcaça final apresentaram comportamento quadrátido (P < 0,0001) com o aumento nos dias de alimentação. O RG foi de 71,2, 75,4, 77,7 e 75,4 % e o peso de carcaça foi de 285, 315, 336 e 354 kg, para os respectivos tempos de confinamento. A composição química foi influenciada pelo tempo de confinamento com aumento linear da quantidade de gordura na carcaça (P < 0,0001). Observou-se efeito quadrático para crescimento de rúmen (P = 0,0004) e fígado (P = 0,0251). Houve efeito linear crescente para intestinos (P < 0,0001), coração (P < 0,0001), baço (P < 0,0001), rins (P = 0,0146) e conteúdo ruminal (P = 0,0015). Com o aumento no tempo de confinamento, houve aumento quadrático na porcentagem de dianteiro (P = 0,0071), enquanto a proporção de traseiro reduziu linearmente (P < 0,0001). Pode-se observar aumento quadrático para rendimento total de desossa da carcaça (P < 0,0001), e redução quadrática na porcentagem de ossos (P < 0,0001) e aparas (P = 0,0035). A medida que se aumentou o peso de abate, houve redução linear (P = 0,004) participação do total de cortes nobres na carcaça. A taxa de ganho em carcaça reduz com o aumento do período de confinamento, porém a proporção de carcaça no ganho em peso aumenta. O aumento no tempo de confinamento melhora o rendimento de desossa da carcaça de bovinos alimentados por dias estendidos, por aumentar a proporção de cortes e diminuir a participação de ossos.