Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Mariana da Costa [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/148535
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Resumo: |
Introdução: A Dermatite Associada à Incontinência (DAI) no idoso apresenta implicações significativas na qualidade de vida e reflete a qualidade da assistência e cuidados ofertados. Sua prevenção e tratamento precoces requerem dos profissionais de enfermagem, intensificação dos cuidados por meio de Sistematização da Assistência de Enfermagem, aliada a protocolos baseados em evidências cientificas, bem como, somar esforços junto aos cuidadores, a fim de que o cuidado contínuo, mesmo após hospitalização, possa ser atingido. Objetivo: Determinar a prevalência e características clínicas da DAI, em idosos hospitalizados e propor um guia para sua prevenção e manejo direcionado aos cuidadores dos idosos. Método: Estudo transversal, exploratório em dois hospitais públicos do interior de São Paulo, com pacientes idosos incontinentes, em enfermarias clínica (41 leitos), cirúrgica (41 leitos) e de longa permanência (25 leitos). Todos os aspectos éticos foram preservados. Os dados foram coletados por meio de um instrumento elaborado para esse fim, composto por dados sociodemográficos, clínicos e referentes a cuidados com a pele e por meio de consulta de prontuário eletrônico e exame físico da região de fraldas. Os dados de prevalência de DAI e suas associações foram obtidos por meio do cálculo da razão, variáveis categóricas e ordinais foram representadas por percentuais e comparadas entre os grupos pelos testes do qui-quadrado, exato de Fisher e qui-quadrado de tendência. A dimensão do efeito foi estimada pela razão de chances (Odds Ratio) e seu intervalo de confiança de 95%. Dados foram tabulados e analisados no software IBM SPSS 22. A significância estatística foi definida como valores de p<0,05. Resultados: Foram incluídos 138 participantes, com idade média de 77,2 anos (± 9,3), 75 (54,3%) do sexo feminino, 92 (66,7%) brancos e com incontinência fecal associada à urinária em 69 (50%) participantes. A prevalência de DAI foi 36,2% (50), 28%(14) dos pacientes com DAI apresentavam associadamente lesão por pressão e 14% (7) apresentavam candidose. Houve associação de DAI com isolamento de contato (OR 3,0 [1,01-9,49]; p=0,04), tempo de internação (OR=5,0 [2,50-12,90); p=0,00), maior intervalo para a troca de fralda (p=0,04), obesidade (OR= 3,6 [1,2-10,47]), baixo peso (OR=2,5 [1,08- 5,96]). Também houve associação do nível de dependência e DAI (p<0.01), ou seja, a medida que aumenta o nível de dependência, maior a chance de desenvolver DAI (OR=2,4 [1,19-5,09]). O tipo de efluente, fezes líquida, demonstrou relação com o desenvolvimento de DAI (p=0,017), bem como pacientes que apresentaram riscos elevados para desenvolvimento de lesão por pressão também apresentaram maior risco de desenvolver DAI [OR=6,1 (1,4-26,9)]; p≤ 0.0001. Nenhuma das unidades possuíam protocolo de prevenção e/ou manejo da DAI, nem abordagem com os cuidadores sobre o referido tema. Produto: Guia de Boas Práticas para os cuidadores a fim de contribuir com a prevenção e manejo da DAI durante internação e após alta hospitalar. Conclusões: O presente trabalho, demonstra a magnitude e importância de investigação sobre o tema, do olhar e ações acuradas da equipe de enfermagem e dos cuidadores, em especial, nas condições que contribuam para aumento do risco de desenvolvimento de DAI, e que sejam passíveis de intervenção. |