A colaboração entre professores e equipes multiprofissionais no processo de inclusão escolar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Delgado, Mariana Garcia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/252330
Resumo: A progressiva escolarização de alunos público-alvo da educação especial, a saber com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e com altas habilidades/superdotação nas classes comuns, é um dos reflexos da efetivação da Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva de 2008. A atuação de equipes multiprofissionais - profissionais de saúde, educadores especiais e psicopedagogos - como apoio ao processo de desenvolvimento e aprendizagem desses alunos muitas vezes se faz necessário; esta parceria pode ser desenvolvida a partir do ensino colaborativo ou da consultoria colaborativa, sendo esta última, descrita na literatura internacional como modelo promissor na garantia do processo de inclusão escolar. Esse serviço consiste na colaboração entre profissionais com conhecimentos específicos, pais, professores e estudantes, a fim de elaborar estratégias para que a aprendizagem e comportamento destes últimos sejam positivos. Diante disso, o presente estudo teve o objetivo de investigar à inserção do estudante PAEE em uma escola regular no interior do estado de São Paulo, por intermédio da visão das professoras comuns das salas regulares, educadores especiais e colaboradores das equipes multiprofissionais. Para tanto, a pesquisa de abordagem qualitativa teve como instrumento de coleta de dados a entrevista semiestruturada com as participantes de uma instituição privada e com uma profissional externa à mesma. Vale destacar que a pesquisa ocorreu durante a pandemia da COVID-19, por isso, ocorreram algumas intercorrências durante a coleta. Os dados foram analisados segundo a Análise de Conteúdo proposta por Bardin (1977) e segmentados em três categorias: Concepções de consultoria colaborativa – O que diz o PPP e O que dizem as participantes -; Interação e colaboração entre escola, família e equipe multiprofissional; Contribuições da intersetorialidade entre escola e equipe multiprofissional. Com os dados coletados, evidenciou-se que a consultoria colaborativa não tem sido desenvolvida na instituição investigada. Além disso, revelou que nem todo trabalho de colaboração entre escola e profissionais externos caracteriza-se como uma consultoria, mas que apesar disso, é um grande avanço uma rede de apoio no processo de inclusão escolar. Constatou-se ainda que é necessário um investimento na formação inicial e continuada na área da educação para os profissionais com formação na área da saúde, pois esses não compreendem o contexto e as demandas da sala de aula, principalmente que esse é um ambiente coletivo, ou seja, o trabalho desenvolvido dentro do consultório não é possível de ser aplicado dentro da sala de aula. Por fim, a formação continuada mostrou-se urgente também para os profissionais da escola compreenderem que a equipe multiprofissional não tem a responsabilidade de trazer respostas para esse contexto, tão pouco sanar as demandas apresentadas, visto que não possuem um vínculo de prestação de serviços direto com a instituição e que as respostas devem ser construídas de forma colaborativa por todos os envolvidos no processo educacional.