Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Silva, Laura Denise Mendes da [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/136189
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Resumo: |
A doença de Chagas (DC), causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi (T. cruzi), é uma doença negligenciada e considerada um grave problema de saúde pública. A sua evolução no individuo infectado ocorre em duas fases distintas: a fase aguda que dura de 2 a 4 meses, caracterizada pela alta parasitemia, mas ausência de sinais e sintomas específicos, o que dificulta sua detecção, e a fase crônica na qual a maioria dos indivíduos é diagnosticada. Nessa fase, uma boa parte dos indivíduos apresenta a forma indeterminada ou assintomática da doença. No entanto, cerca de 30 a 40% dos indivíduos infectados desenvolvem a DC sintomática, que pode se apresentar na forma de doença cardíaca ou doença digestiva. Um dos desafios mais importantes no estudo da DC é a determinação dos mecanismos relacionados à resposta imune do hospedeiro que levam a essas diferentes apresentações clinicas. A resposta imune celular via liberação das citocinas pró-inflamatórias como IFN-y, TNF-α e IL-17 é considerada determinante na resistência do hospedeiro. No entanto, um fino controle da liberação dessas citocinas deve ocorrer para que a resposta não se intensifique ou não se perpetue e resulte em lesão tecidual, o que ocorre através da ativação de citocinas anti-inflamatórias como a IL-10 e o TGF-y. Esse controle de resposta seria responsável pelo não aparecimento de sintomas nos indivíduos com doença de Chagas assintomática. Os receptores de reconhecimento padrão (PRRs), particularmente os Toll-Like Receptors (TLRs) são extremamente importantes na definição do perfil de citocinas que será liberado em resposta a um microrganismo. Assim, a nossa hipótese foi de que pacientes com as formas sintomáticas e assintomáticas da doença liberam um padrão de citocinas mais inflamatório e anti-inflamatório respectivamente, devido ao fato de que os TLRs envolvidos na produção desses dois tipos de citocinas, com enfoque para o TLR2 e o TLR4, seriam diferentemente expressos ou ativados nesses dois grupos. Como esperado, detectamos que, células mononucleares de pacientes com a forma cardíaca liberam predominantemente IFN-y, TNF-α e IL-17 quando comparados com os demais grupos. Diferentemente, pacientes com a forma assintomática liberam níveis maiores de IL-10 e TGF-β. Detectamos ainda que o TLR2 e o TLR4 estão envolvidos tanto na produção de citocinas pró como anti-inflamatórias, detectadas respectivamente pelos pacientes sintomáticos e assintomáticos, o que nos permite concluir que a estimulação dos mesmos receptores pode levar a liberação de um padrão diferente de citocinas na dependência do grupo de pacientes testados. Os prováveis mecanismos que levam a essas diferenças são discutidos. |