Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Feroldi Júnior, Marcel Luiz [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/256617
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Resumo: |
Esta pesquisa analisou os desenhos que foram produzidos durante a segunda expedição do etnólogo alemão Karl von den Steinen ao Alto Xingu, a partir de uma relação entre subjetividade e memória, evidenciando as lacunas, as interrogações, os silêncios e os esquecimentos, a respeito das perspectivas e sensibilidades que envolvem estes desenhos; que nos são apresentadas indiretamente, através dos ‘rastros’ deixados pelos sujeitos que os desenharam, e que acabam tensionando, escapando e decompondo toda a ordem e intencionalidade da narrativa proposta por Karl von den Steinen. Nesse sentido, buscamos compreender como foram produzidos, coletados, analisados e narrativizados os desenhos efetuados pelos sujeitos ameríndios durante a segunda expedição e também os desenhos efetuados por Wilhelm von den Steinen e Johannes Gehrts; ao mesmo tempo em que articulamos essas informações com registros sócio-históricos realizados e compilados por não indígenas, de modo que pudéssemos entender quais as correntes de pensamento dominantes neste período, e como estas influenciaram Karl von den Steinen em seus fundamentos teóricos e metodológicos. Além disso, comparamos as análises efetuadas por Karl von den Steinen com as principais pesquisas etnográficas realizadas sobre os povos ameríndios contactados pela expedição, visando compreender os aspectos cosmológicos fundamentais de suas culturas, e em como estes aparecem em seus desenhos. A partir dos resultados obtidos, pudemos compreender que esses desenhos se apresentam enquanto rastros de uma experiência do contato entre diferentes povos e culturas, um processo de reflexão sobre ‘si’ a partir do contato com o ‘outro’. De modo que tanto os desenhistas Boe e Kurâ, quanto os artistas alemães Wilhelm e Gehrts, mesmo sem a intencionalidade de atuar como antropólogos, acabaram registrando a sua experiência de progressiva contaminação pela realidade altera do ‘outro’ |