Instrumento de rastreio para a identificação de escolares com problemas de leitura: elaboração e estudo piloto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Silva, Rosana Gomes da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/256551
Resumo: A identificação precoce de problemas de leitura e escrita em escolares do Ensino Fundamental I representa um desafio significativo para a atuação fonoaudiológica no ambiente escolar. Este estudo teve como objetivo principal elaborar e aplicar listas de palavras e pseudopalavras para o rastreio educacional de leitura e escrita de escolares do 3º ao 5º ano do Ensino Fundamental I, além de realizar um estudo piloto para contribuir com a intervenção precoce e eficaz. O estudo foi dividido em duas fases. Na fase 1, foram elaboradas listas de leitura e escrita sob ditado, utilizando palavras retiradas do Banco de Palavras E-leitura e organizadas por frequência e extensão. As palavras foram selecionadas com base nas regras de decodificação e codificação do Português Brasileiro de Scliar-Cabral, resultando em 36 palavras e 12 pseudopalavras para a escrita e 154 palavras e 30 pseudopalavras para a leitura. Na fase 2, aplicou-se o teste de leitura e ditado de palavras do TDE II para caracterização do grupo. Posteriormente, foram aplicadas as listas de leitura e escrita elaboradas na fase 1 em 74 escolares, distribuídos em 25 escolares do 3º ano, 26 do 4º ano e 23 do 5º ano, com ditado coletivo e leitura individual. Os dados revelaram que os escolares apresentaram melhor desempenho em leitura e escrita de palavras em comparação a pseudopalavras. Em relação à leitura, os escolares do 3º ano tiveram desempenho inferior aos dos outros anos, sendo o 4º ano o que apresentou melhores resultados. Na escrita, observou-se uma progressão com o avanço da escolaridade. O estudo conclui que o instrumento contribui significativamente para investigar falhas de leitura e escrita em contextos escolares, além de sugerir caminhos para novas pesquisas que possam aprimorar estratégias de intervenção para escolares com dificuldades. Contudo, o pequeno número de participantes por turma, mesmo sendo um estudo piloto, pode ter limitado a comparação entre escolares do 4º e 5º ano, um aspecto a ser revisado. Os escolares foram classificados de acordo com seu desempenho em leitura e escrita, considerando os efeitos de frequência e lexicalidade. Mais estudos são necessários para avaliar o impacto educacional desses efeitos.