A enunciação poética nos contos de Marina Colasanti

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Medeiros, Nilda Maria [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/91586
Resumo: A presente dissertação fará a análise dos contos de fadas de Marina Colasanti, “A primeira só” e “Além do Bastidor” do livro Uma Idéia Toda Azul (2006), “A moça tecelã” e “A mulher ramada” do livro Doze Reis e a Moça no Labirinto do Vento (2000), “Entre a espada e a rosa” que está no livro de mesmo nome (1992), a fim de explicitar as estratégias de linguagem do universo literário da autora. A partir do corpus percebe-se que o discurso, nas narrativas da autora, realiza um diálogo com outros discursos oriundos da memória cultural, das narrativas clássicas e dos contos populares tradicionais. As vozes na narrativa da autora, ora marcam encontros ora marcam confrontos discursivos, inscrevendo o caráter saudosista e ao mesmo tempo subversivo a partir do enunciado e da enunciação.Tal estratégia enunciativa desvela o aspecto político que se vela no seu contar poético. Considerando tais aspectos, esta pesquisa tem como objetivo o estudo da enunciação interdiscursiva a fim de evidenciar como o discurso poético de Marina Colasanti se desvela num discurso político que abriga a ambigüidade dos gêneros literários e humanos. Para isso, propomos o questionamento da origem do conto de fadas a fim de mostrar como este gênero nasce ao lado da poesia, abriga o acervo da memória cultural e revela-se como tecido de posicionamentos ideológicos, bem como de busca existencial. E a fim de trilhar um percurso seguro, procuramos apoiar o trabalho na semiótica greimasiana, no dialogismo de Bakhtin e na análise do discurso de linha francesa para ouvir as vozes que se encontram e/ou confrontam nos contos selecionados.