A pedra e a água: uma leitura comparada de Pedro Páramo (1955), de Juan Rulfo, e Como água para chocolate (1989), de Laura Esquivel

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Miranda, Kátia Rodrigues Mello [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/103643
Resumo: O presente trabalho consiste numa leitura comparada dos romances mexicanos Pedro Páramo (1955), de Juan Rulfo (1917-1986), e Como água para chocolate (1989), de Laura Esquivel (1950-), partindo da constatação de que essas narrativas são ambientadas na época da Revolução Mexicana (1910-1940), um dos movimentos sociais mais complexos e importantes da história latino-americana. Em Pedro Páramo, o personagem que dá nome ao romance é um cacique que domina toda uma região à custa de muita violência. Seu fim corresponde ao desmoronamento de uma estrutura social para a qual não havia mais lugar no novo país que estava surgindo com a Revolução. Em Como água para chocolate, impulsionada pelo desejo de romper com uma tradição familiar castradora, que a obrigava a ficar solteira para cuidar da mãe, a protagonista empreende uma trajetória de luta contra a submissão e o silenciamento impostos à mulher pela sociedade patriarcal. Sua luta tem êxito, simbolizando o movimento de conquista da mulher por um maior espaço de atuação social e emissão de sua voz. Dedicamos, em nossa leitura, especial atenção ao contorno dado à figura feminina e à rica simbologia evocada por elementos recorrentes nas narrativas, cuja exploração nos parece de grande importância na conformação do ponto de vista dos autores. Em síntese, nosso objetivo é examinar alguns pontos de aproximação e contraste entre os romances selecionados, a fim de refletir sobre as especificidades da leitura que cada um apresenta do México que emerge de suas páginas. Como resultado da análise, em linhas gerais, é possível constatar que Juan Rulfo configura um ponto de vista mais universalizante e pessimista, e Laura Esquivel, uma visão particularizadora e otimista