Produção de ligninases por basidiomicetos através de fermentação em estado sólido, caracterização e aplicação das enzimas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Carvalho, Caio Cesar de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/94967
Resumo: As ligninases atualmente têm sido consideradas de grande importância para indústria papeleira no branqueamento da polpa e em processos de tratamento de resíduos contendo compostos recalcitrantes como aromáticos derivados de corantes e organoclorados. Neste trabalho foi estudada a produção de três ligninases (manganês peroxidase, lignina peroxidase e lacase) por três linhagens de basiodiomicetos: Coriolopsis byrsina 16, Gloephylum cf. striatum 40 e Lentinus sp 48. por um período de cultivo de seis semanas. Foram avaliados cinco diferentes resíduos agrícolas (casca de amendoim, palha de arroz, farelo de trigo, palha de milho e bagaço de cana) e produção de enzimas para os três fungos, além da influência de três fontes de nitrogênio ((NH4)2SO4, (NH4)2HPO4 e (NH4)2SO4 + (NH4)2HPO4) no crescimento e produção de ligninases. Entre as condições de fermentação testadas, a melhor produção de lacase (49011 U/g) foi obtida a partir do Coriolopsis byrsina 16, cultivado em farelo de trigo por três semanas, suplementado com solução de (NH4)2HPO4 + (NH4)2SO4. O Lentinus sp. 48 apresentou uma produção de 15080 U/g, quando cultivado em meio de farelo de trigo suplementado com solução de (NH4)2SO4, por três semanas de cultivo. A lacase de Coriolopsis byrsina 16 apresentou temperatura ótima de 60°C, e a lacase de Lentinus sp. 48 a 65°C. Os pHs ótimos das lacases foram de 3,5 para o Coriolopsis byrsina 16 e 3,0 para o Lentinus sp. 48. Foi avaliado o potencial de descoloração dos extratos enzimáticos brutos sobre oito corantes sintético. O corante Cibacron Blue foi descolorado em 69, 3% e o cristal violeta em 63% com o extrato enzimático de Coriolopsis byrsina. O corante Orange II perdeu 63,5% da cor após o tratamento com solução enzimática de Lentinus sp. 48.