Efeitos do treinamento cognitivo informatizado no pós-AVC: uma revisão sistemática e meta-análise sobre a relação com a reserva cognitiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Fava-Felix, Paloma Emanoela
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/244133
Resumo: O acidente vascular cerebral (AVC) é a segunda maior causa de morte no mundo e a principal causa de incapacidade funcional, fortemente associado à dependência e à demência, provocando impactos na saúde pública e assistência social mundial. As proxies de reserva cognitiva (RC), como escolaridade, nível ocupacional e práticas regulares de atividade física, se apresentam como importantes fatores para contribuir no processo de reabilitação de lesões cerebrais, interferindo positivamente nos comprometimentos originados pelo AVC. Por isso, o objetivo geral desta revisão sistemática e meta-análise foi identificar a eficácia do treinamento cognitivo informatizado, considerando proxies de RC em sobreviventes de AVC com idades a partir de 18 anos, verificando o impacto na relação entre variáveis clínicas e RC, considerando a interação entre grupo e tempo de intervenção. Seguindo as recomendações PRISMA - Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analysis, ocorreram buscas de ensaios clínicos controlados nos bancos de dados CINAHL, Lilacs, PubMed, Scopus e Web of Science, sendo os artigos avaliados por pares sem restrição de data. Foram identificados 780 artigos e encontrados 19 estudos de intervenção, sendo selecionados 10 estudos para compor a amostra final, mediante os critérios de inclusão. Os estudos incluíram ferramentas informatizadas para reabilitação motora e cognitiva nos grupos experimentais, combinadas com outras intervenções, como fisioterapia, terapia ocupacional e exercício aeróbico. A revisão sistemática está composta por um total de 421 sobreviventes de AVC, estando 204 participantes no grupo controle e 217 no grupo experimental, entre 18 e 94 anos, com predominância masculina em 9 estudos (58,62%). O treinamento cognitivo informatizado apresentou melhores medidas de mudanças na avaliação cognitiva (MoCA) em 6 estudos, o treinamento cognitivo convencional apresentou melhor pontuação de mudança em 1 estudo e em 1 estudo os resultados regrediram em ambos os grupos. A meta-análise apresentou favorecimento à utilização de treinamento cognitivo informatizado, embora exista alta heterogeneidade. A combinação entre escolaridade, rápido início do treinamento cognitivo informatizado, alta intensidade semanal e AVC isquêmico mediaram os resultados da melhora cognitiva.