Persistência de Bacillus thuringiensis Berliner, 1911 em condições de campo na cultura da soja (Glycine max (l.) merrill) e efeito na mortalidade de Anticarsia gemmatalis (Hübner, 1818) (Lepidoptera: Erebidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Nascimento, Joacir do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/183671
Resumo: A soja se destaca com um dos principais produtos do agronegócio brasileiro. No entanto, o ataque de insetos desfolhadores como Anticarsia gemmatalis comprometem a produtividade. O controle dessa praga é baseado na aplicação de inseticidas químicos e no uso de plantas Bt. Contudo, a seleção de populações resistentes é uma séria limitação para o manejo dessa praga. Em vista disso, torna-se necessário um sistema de manejo que também auxilie a retardar a evolução da resistência. Uma alternativa é o uso de agentes de controle microbiano, com o uso de bioinseticidas à base da bactéria Bacillus thuringiensis (Bt). Entretanto, a principal limitação do uso desses bioinseticidas é elevada sensibilidade a fatores climáticos, como radiação UV, temperatura e umidade. A maioria dos estudos disponíveis sobre persistência de Bt são antigos e foram realizados no hemisfério Norte em espécies ornamentais e florestais, onde as condições climáticas diferem do hemisfério Sul. Os bioinseticidas a base de Bt são utilizados em todo o mundo, visando o controle de pragas agrícolas. Dentre as suas principais vantagens em relação aos inseticidas convencionais se destacam a seletividade aos inimigos naturais e risco reduzido ao meio ambiente. Apesar de algumas limitações, esses bioinseticidas foram muito importantes para suprimir surtos recentes de lepidópteros praga no Brasil, onde os inseticidas convencionais falharam. Diante disso, faz-se necessário estudos de persistência em condições de campo. Os ensaios de persistência de Bt em campo foram conduzidos na cultura da soja nas safras 2017 e 2018 na área experimental da FCAV/UNESP, com parcelas de 10m x 5m e 4 repetições. Os tratamentos utilizados foram conduzidos em esquema fatorial [(2x3x3x2)+1], constituídos de cepas de B. thuringiensis subsp. tolworthi HD-125 (2017) e B. thuringiensis subsp. kurstaki HD-1 (2018) sem e com encapsulamento nos respectivos anos e do bioinseticida Dipel composto de dois horários de aplicação (8:00 e 16:00 horas), três espectros de gota (fina, média e grossa), duas vazões de aplicação (70 e 100 L.ha-1). Água foi utilizada como controle. E os ensaios de mortalidade de A. gemmatalis foram realizados no LCMAP/FCAV. A concentração de Bt na calda para aplicação foi 3 x 108 esporos.mL-1. Doze horas após a aplicação dos tratamentos, foram realizadas oito (primeira safra) e cinco (segunda safra), devido a 55 mm de precipitação a segunda safra foi realizado somente 5 coletas de folhas no terço superior das cinco linhas centrais de cada parcela, com um intervalo de 12 horas entre as coletas, totalizando 30 folhas. Para cada folha foram retirados 2 discos de 3,0 cm de diâmetro; um utilizado no bioensaios de mortalidade de A. gemmatalis e outro para avaliar a persistência do Bt através da contagem de esporos. No teste de mortalidade, foram utilizadas 25 lagartas por tratamento, distribuídas em 5 repetições. A avaliação da mortalidade foi realizada 5 dias após a montagem do bioensaio. Na avaliação da persistência, foi realizada a contagem de esporos utilizando câmara de Neubauer e microscópio com contraste de fase (400 x). O bioensaio de mortalidade demonstrou que não houve diferença estatística quando utilizado gota grossa na aplicação, bem como quando avaliado o horário de aplicação. A formulação encapsulada utilizada não influenciou na persistência do Bt e na mortalidade de A. gemmatalis