Eficácia de herbicidas aplicados em área total ou na linha de plantio de cana-de-açúcar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Copetti, Bárbara Marcasso
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/213775
Resumo: A aplicação de herbicida na cultura da cana-de-açúcar é realizada sobre um colchão de palha de 10 a 12 t ha-1, proveniente da colheita mecanizada. Em algumas áreas, o afastamento da palha da linha da cana tem por finalidade diminuir a incidência de cigarrinhas das pastagens (Mahanarva fimbriolata), uma vez que não mais se beneficiará do abrigo propiciado pela palha. Entretanto, a densidade de palha nas entrelinhas do canavial será maior porque recebe a palha retirada da linha. Nesse cenário, é importante entender se a palha depositada na entrelinha constitui em barreira física capaz de conter o desenvolvimento das plantas daninhas. Também é necessário entender a resposta dos herbicidas quando aplicados em área total ou apenas na linha descoberta da cultura. Por isso, dois trabalhos foram realizados em épocas diferentes (época seca e chuvosa) cujo objetivo foi estudar a eficácia de controle proporcionada por herbicidas quando aplicados em área total e localizados na linha de cultivo em soqueiras de cana-de-açúcar, após a remoção da palha oriunda da colheita sobre a linha da cultura. Para isso, foram semeadas nas áreas sob a palha da cana-de-açúcar as seguintes plantas daninhas: Urochloa decumbens, Digitaria horizontalis, Panicum maximum, Merremia aegyptia, Ipomoea hederifolia e Ricinus communis. Antes da semeadura foi realizada a retirada da palha das parcelas e, então, as sementes foram dispostas em faixas por toda a parcela (linha e entrelinha da cana) e, posteriormente, a palha foi recolocada na parcela e foi feito o afastamento da palha da linha da cana, garantindo o acúmulo de palha na entrelinha da cultura. Na sequência, foi feita a aplicação em área total e na linha da cana nas parcelas. O delineamento do primeiro trabalho, instalado na época seca, foi em blocos casualizados com 16 tratamentos em quatro repetições, arranjados em esquema fatorial 7x2 com duas testemunhas adicionais. No segundo, instalado na época úmida, o delineamento foi em blocos casualizados com 12 tratamentos em quatro repetições, arranjados em esquema fatorial 5x2 com duas testemunhas adicionais. No primeiro fator alocou-se as associações de herbicidas e no segundo fator as modalidades de aplicação dos herbicidas: em área total e localizada sobre a linha da cultura após remoção da palha. No primeiro experimento, em todos os tratamentos obteve-se controles maiores que 90,31% das espécies infestantes, enquanto no segundo experimento os tratamentos começaram a apresentar diminuição no controle a partir dos 90 DAA. Em relação à modalidade de aplicação, em ambos a aplicação de herbicida na linha da cana proporcionou controle menor quando comparado à aplicação na área total da parcela. Conclui-se, dessa forma, que mesmo com a prática do afastamento e acúmulo de palha na entrelinha da cana-de-açúcar, independente da época de aplicação de herbicida no ano, a aplicação em área total ainda é a melhor forma de controle das plantas daninhas.