Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Costa, Natália Caroline Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/154991
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Resumo: |
Doenças fúngicas e parasitárias representam grandes riscos para a saúde pública. A importância global das doenças fúngicas vem aumentando, dado o número crescente de pacientes vulneráveis para essas infecções, incluindo pacientes com AIDS, transplantados, imunocomprometidos, com câncer, recém-nascidos e idosos. As principais doenças são ocasionadas por Aspergillus, Candida, Cryptococcus e Pneumocystis, no entanto os tratamentos usados são pouco eficientes devido à resistência dos patógenos aos medicamentos e da alta toxicidade e efeitos colaterais dos fármacos utilizados. Além das doenças fúngicas, as parasitárias também são problemas de saúde pública, principalmente em países pobres e em desenvolvimento. Neste caso, os tratamentos também precisam ser melhorados. Diante dessa problemática há a necessidade de se buscar novas terapias, entre as alternativas estão os peptídeos antimicrobianos. O peptídeo RP1 da classe de quimiocinas apresenta atividade contra bactérias, vírus, alguns tipos de câncer e ação antiparasitária. Além disso, o composto organometálico ferroceno (Fe(C5H5)2) também mostrou atividade antiparasitária. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da conjugação do peptídeo RP1 com o ferroceno em termos de estrutura, atividade biológica e toxicidade. Os peptídeos foram sintetizados usando a técnica de síntese de peptídeo em fase sólida (SPFS). A estrutura foi avaliada por espectroscopia de CD. A atividade dos peptídeos foi avaliada por estudos de permeabilização em vesículas, ensaios antimicrobianos, além de avaliar a citoxicidade dessas moléculas. Os ensaios de CD em PBS mostraram que os peptídeos apresentavam um espectro típico para estruturas desordenadas. Na presença de micelas, ambos os peptídeos apresentaram alta incidência de estrutura α-helicoidal. Ensaios de CD também foram realizados com vesiculas unilamelares de POPC e POPC:POPS, em ambos os ambos os casos os peptídeos não apresentaram estrutura secundária definida. Os dados da permebialização demonstraram a baixa ação do peptídeo RP1 sobre a membrana, pois este apresentou baixa porcentagem de liberação de CF, enquanto o Fc-RP1 apresentou alto valor de liberação de CF, mostrando que o ferroceno aumenta a capacidade de permeabilização do peptídeo. Os ensaios antileishmania, demonstraram que o peptídeo RP1 não apresentou atividade como descrito na literatura. O peptídeo Fc-RP1 apresentou atividade antifúngica contra Cryptococcus neoformans, antimalárica, com baixa toxicidade em linhagens celulares de Hacat, HepG2 e U87. Além disso os peptídeos demonstraram atividade contra bactéria gram-positiva, destacando que o peptídeo conjugado Fc-RP1 foi seletivo. Em conclusão, a conjugação do ferroceno com peptídeos mostrou-se interessante para a obtenção de novos compostos biológicos com atividade antifúngica e antiparasitária. |