Bebidas e bebedores no norte do Brasil à época da conquista holandesa, 1624-1654

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Gurian, Gabriel Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153501
Resumo: Na primeira metade do século XVII, a presença dos holandeses no norte do Brasil em função do empreendimento conduzido pela Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais com o intuito de conquistar aquelas terras legou um volumoso montante de cartas, relatórios, missivas, provisões, crônicas, tratados, diários e narrativas de viagem, fazendo do chamado “tempo dos flamengos” um dos períodos mais bem documentados da época colonial brasileira. Nestes textos, encontram-se descrições de aspectos administrativos da conquista batava, das condições de produção açucareira, dos conflitos e pelejas entre lusos e neerlandeses, e também de vários contornos do cotidiano das gentes que então coabitavam os territórios setentrionais da América portuguesa. Em meio a esses registros, vê-se também diversas notas sobre variadas práticas em torno das bebidas embriagantes, protagonizadas pelos diferentes grupos radicados naquelas paragens – portugueses, neerlandeses, povos indígenas e escravos africanos –, e registradas por múltiplos letrados, desde a investida e ocupação batava na Baía de Todos os Santos, em 1624, até sua derrota e expulsão de Pernambuco, em 1654. Considerando a vasta e variada documentação, a pluralidade dos atores que bebiam e a particular presença dos holandeses no contexto colonial brasileiro, o presente estudo objetiva mapear os contornos do beber nos registros escritos ao longo dos trinta anos da sistemática presença batava na colônia portuguesa deste lado do Atlântico. Busca-se, pois, identificar os diferentes papéis dos licores e da embriaguez em cada grupo social, os usos e aplicações das bebidas, além dos juízos e impressões sobre as várias práticas de beber que foram observadas e relatadas pelos coevos.