Manejo de transição para agricultura orgânica, sob cultivo de citros (Citrus sinensis L. Osbeck), favorece a diversidade de fungos no solo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Scotton, Juliana Cristina [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/139473
Resumo: A transformação da produção agrícola atual de forma sustentável e produtiva se caracteriza como um dos maiores desafios da atualidade. A transição de manejos convencionais para aqueles mais sustentáveis é uma alternativa de transformação, na qual as plantas se tornam mais dependentes das interações microbianas, constituindo-se um fator chave no controle da produtividade e da qualidade nos ecossistemas agrícolas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do manejo de transição, da agricultura convencional para a agricultura orgânica, sobre a diversidade de fungos do solo, em cultivo de citros. O experimento foi realizado na área experimental de citros na Fazendo Santo Antonio do Lageado em Mogi Guaçu-SP. O delineamento utilizado foi em faixas contemplando dois tratamentos, manejo convencional (MC) e manejo de transição (MT) com quatro anos de implantação, avaliados no período seco e úmido, sob os parâmetros de número de unidades formadoras de colônia (UFC), riqueza e diversidade dos principais grupos de fungos, parâmetros micorrízicos e físico-químicos do solo. Os dados individuais foram submetidos a análise de variância e as médias comparadas pelo teste t. A associação das variáveis microbiológicas e físico-químicas do solo foi avaliada por meio do coeficiente de correlação de Pearson, sendo ambos os testes a 5% de probabilidade. Além disso, foi utilizada a análise de componentes principais para interpretação geral dos dados. As contagens de UFC não apresentaram diferenças entre tratamentos nos períodos avaliados, no entanto o MT demonstrou maior riqueza e diversidade de grupos fúngicos no solo em ambos os períodos. Foram identificados 11 táxons distintos, dentre eles Aspergillus spp., Fusarium spp., Metarhizium spp., Paecilomyces spp., Penicillium spp., Phialophora spp., Neurospora spp., Trichoderma spp., Dematiáceos, Leveduras e Mucoromycotina. A frequência fúngica demonstrou predominância de Paecilomyces spp. para o MC, com 45% de isolados deste gênero, enquanto a distribuição do MT se mostrou mais equilibrada em termos de gêneros. Nos parâmetros micorrízicos, houve maior esporulação no MT para o período seco. As correlações de Pearson indicaram que enxofre (S), alumínio (Al), capacidade de troca de cátions (CTC), temperatura e textura foram os parâmetros que mais apresentaram associações com os fungos avaliados. A análise de componentes principais, revelou distinção entre os tratamentos e períodos. Perante os resultados obtidos sugere-se que a maior diversidade no MT expressa maior estabilidade e eficiência na utilização de recursos disponíveis, além de ser mais eficiente na propagação de fungos micorrízicos, por meio de esporos.