Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Capuano Neto, Fausto [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/180983
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Resumo: |
Atualmente são muitos casos de pacientes que perdem estrutura óssea em acidentes ou reabsorção patológica. A bioengenharia óssea é um tratamento promissor que visa reconstruir estas estruturas sem a morbidade do enxerto autógeno. O tecido ósseo é um conjuntivo especializado com a função principal de proteção e sustentação dos tecidos moles, mas também é responsável pela produção de tipos celulares e homeostase de minerais. Sua reparação é complexa com diferentes tipos celulares e agentes quimiotáticos que funcionam de forma orquestrada até a reparação. As terapias celulares vêm sendo estudadas para promover a reparação de defeitos que o organismo por si não consegue resolver. Células menos especializadas como as células-tronco embrionárias (ESCs) possuem grande potencial terapêutico, mas são complicadas eticamente. Já as células-tronco mesenquimais (MSC) podem ser autólogas, o que minimiza o risco de imunogenicidade mas necessitam área doadora do paciente. Atualmente ainda não há consenso quanto ao uso de células tronco na terapia regenerativa pois há grandes variáveis como a melhor forma de aplicação, a quantidade correta e o melhor tipo celular para a regeneração óssea. As células produzem mediadores químicos no local enxertado, que segundo pesquisas recentes é o principal mecanismo de reparação tecidual. Estes mediadores são depositados em abundância no meio de cultura durante a cultura celular e usados na bioengenharia com a ajuda de scaffolds. Os biopolímeros de fibrina (BF) são biomateriais naturais ao corpo e podem funcionar como sistemas de entrega para fatores de crescimento, células e quimioterápicos entre outros. No Capítulo II apresentamos um artigo científico cujo objetivo foi estudar o BF oriundo de veneno de serpente associado a diferentes tipos celulares e como drug delivery de meios de cultura condicionado das células ESC e MSC diferenciadas na linhagem osteogênica, observando a formação óssea pela microscopia convencional e a ultraestrutura pela microscopia eletrônica de transmissão e varredura. ). Os resultados foram avaliados por tomografia computadorizada, análise histomorfométrica e microscopia eletrônica. A tomografia demonstrou pouca mineralização e adelgaçamento das amostras aos 54 dias. A morfometria demonstrou que o grupo com células embrionárias proporcionou melhor formação óssea (46,36%), seguido pelos grupos com MSC (37,64%) e meio das células diferenciadas (37,82%) sem diferença estatística. O grupo com meio das células embionarias também demonstrou bons resultados (28,58%) e potencial terapêutico comparado com o controle (16,62%). A microscopia eletrônica demonstrou as MSC com aspecto de vitalidade e interação com o BF aos 14 dias pós operatório. Foi observado que a melhor formação óssea ocorreu no grupo das células embrionárias, mas sem diferenças estatísticas dos grupos das MSC e do meio das MSC diferenciadas na linhagem osteogênica. Este estudo incentiva mais pesquisas com a utilização do BF como carreador de secretoma. Os secretomas são terapias mais baratas e potencialmente com menor risco e morbidade ao paciente. O BF derivado de veneno do CEVAP foi eficaz como sistema de liberação do CM e apresentou interação favorável com diferentes tipos celulares, acelerando a formação óssea em defeitos críticos em crânios de ratos. |