Candida stellimalicola e rhodotorula minuta para o biocontrole do bolor azul em frutos cítricos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Paula, Fernanda Barbosa Francisco de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/194310
Resumo: - A citricultura tem uma importância social e econômica para o país, especialmente, no Estado de São Paulo e Triângulo Mineiro, onde a atividade é predominante. Dentre as doenças de maior importância econômica que ocorrem na fase de pós-colheita dos citros, encontra-se o bolor azul, causado pelo fungo Penicillium italicum. Tal doença acarreta prejuízos na qualidade e na quantidade dos frutos e o controle mais comum da doença é o uso de fungicida, como o imazalil. No entanto, devido à falta de novos produtos, o uso frequente e excessivo de imazalil, durante o beneficiamento dos frutos, têm ocasionado problemas ao meio-ambiente; à saúde pública, devido à quantidade de resíduos nos frutos; além de estar favorecendo o surgimento de linhagens resistentes do fungo a esse princípio ativo. A busca por métodos alternativos de controle se faz necessária e, o uso de leveduras para controle de patógenos, que ocorrem na pós-colheita, tem sido o mais indicado. Diante do exposto, o presente trabalho teve por objetivo avaliar a capacidade antagonista de dois isolados ACBL-05 e ACBL-10 de Candida stellimalicola, e um isolado ACBL-23 de Rhodotorula minuta avaliados quanto: (i) à adição de fontes nutricionais em meio de cultivo da levedura e o seu efeito na sua atividade antagônica e na sua produção de células viáveis; (ii) à competição por nutrientes entre a levedura e o fitopatógenos; (iii) à produção de biofilme pelos microrganismos e, finalmente, (iv) à sua atividade antifúngica in vivo contra Penicillium italicum. Os resultados in vitro mostraram que, a adição de fontes nutricionais em meio de cultivo dos isolados de C. stellimalicola favoreceu a sua atividade antagônica e a sua produção de células viáveis. Embora C. stellimalicola produza biofilme, o aumento da sua produção pode, ou não, ser favorecido pela adição de uma fonte nutricional no meio de cultivo, dependendo do isolado. Neste estudo, foi observado que, a adição de cloreto de cobalto (1 mM) aumentou a produção de biofilme pelo isolado ACBL-10, porém, o acréscimo de uma fonte nutricional, em meio de cultivo, não favoreceu o aumento de biofilme para o ACBL-05. Para o isolado ACBL-23 verifica-se, que a adição de sulfato de cobre (0,2 mM) em meio de cultivo da levedura favoreceu a atividade antagônica e manteve a sua produção de células viáveis; R. minuta, independente da adição de fontes nutricionais, inibe a germinação de P. italicum; a adição de fontes de carbono sugere uma possível competição entre a levedura e o fitopatógeno; a levedura produz biofilme e a adição de sulfato de cobre (0,2 mM), em seu meio de cultivo, estimula a produção. Sob condições in vivo os isolados apresentaram potencial para o controle do bolor azul, porém a sua atividade antagônica depende da variedade de citros avaliada.