Citotoxicidade do ácido peracético: avaliação metabólica, estrutural e de morte em fibroblastos L929

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Viola, Kennia Scapin [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/138759
Resumo: A solução de ácido peracético (AP) vem sendo citada na literatura odontológica como uma possível solução irrigadora de canais radiculares. Ele apresenta a vantagem de reunir em um só produto atividade antibacteriana e capacidade de remoção de tecido orgânico e de smear layer. Para a seleção da solução irrigadora de canais radiculares deve-se levar em consideração não somente os seus benefícios terapêuticos, mas também os possíveis efeitos citotóxicos, uma vez que ela pode entrar em contato com os tecidos periapicais. O objetivo deste estudo foi investigar a citotoxicidade e o mecanismo de agressão celular do AP em comparação com o hipoclorito de sódio (NaOCl) sobre fibroblastos L929 por meio de avaliação metabólica, estrutural, ultraestrutural e de morte celular (necrose e/ou apoptose). As células foram incubadas com diferentes concentrações do AP a 1% e do NaOCl a 2,5%, por 10 minutos. Após este período, foram avaliados o metabolismo celular por meio do ensaio do metiltetrazólio (MTT), a morfologia externa das células em microscópio eletrônico de varredura, a ultraestrutura em microscópio eletrônico de transmissão, o citoesqueleto por meio de marcação para actina e α- tubulina, o tipo de morte celular (necrose ou apoptose) por citometria de fluxo. Os resultados foram analisados empregando ANOVA de dois fatores e pós-teste de Bonferroni (α=0.05). Observou-se que o AP apresentou maior citotoxicidade do que o NaOCl. As alterações no metabolismo, na viabilidade, nos filamentos de actina e nos microtúbulos, na morfologia externa e na ultraestrtura das células foram observadas em concetrações menores do AP quando comparado com o NaOCl. A morte celular provocada tanto para o AP quanto para o NaOCl ocorreu predominantemente por necrose. Conclui-se que, embora apresentem o mesmo mecanismo de citotoxicidade, o AP 1% é mais citotóxico que o NaOCl a 2,5%.