Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues, Meline Rossetto Kron |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/153558
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Resumo: |
Contexto: Deficiência de vitamina D ou insuficiência durante a gestação de mulheres diabéticas tem sido associada com desfechos gestacionais adversos. A suplementação de vitamina D durante a gravidez tem sido sugerida como uma intervenção para proteger contra desfechos gestacionais adversos, pois o papel da vitamina D materna no Diabetes mellitus gestacional (DMG) não está clara. Objetivo: Avaliar a eficácia da suplementação com vitamina D em gestantes portadoras do DMG. Método: A estratégia de pesquisa básica foi desenvolvida para Pubmed e adaptada às bases de dados eletrônicas na área da saúde EMBASE (Elsevier, 1989- 2017), MEDLINE (via Pubmed, 1968-2017), CENTRAL (Registro de Ensaios Controlados da Colaboração Cochrane, 1972-2017) e LILACS (1982-2017), sendo este último via Biblioteca Virtual da Saúde. Foram incluídos estudos randomizados onde a gestante recebeu suplementação de vitamina D isolada vs. nenhum tratamento (placebo) ou vitamina D + cálcio vs nenhum tratamento (placebo). Morte materna (morte durante a gravidez ou no prazo de 42 dias após o parto), pré-eclâmpsia, nascimento prematuro (gestação inferior a 37 semanas), parto cesárea, hipertensão arterial gestacional, efeitos colaterais da Hipertensão e/ou eventos adversos (hipercalcemia, pedra nos rins etc).Os desfechos primários neonatais foram: natimorto, morte neonatal (no prazo de 28 dias após o parto), baixo peso ao nascer (<2.500g), Apgar < 7 no 5´, Infecção neonatal (infecções respiratórias no prazo de 28 dias após o parto). Os desfechos semelhantes em pelo menos dois estudos foram plotados na metanálise, utilizando-se o software Review Manager 5.3. A qualidade da evidência foi gerada de acordo com o Grading of Recommendations Assessment, Development, and Evaluation (GRADE) através do software GRADEpro. Resultados: Foram identificadas 1.224 referências sendo que dois revisores independentemente leram os títulos e resumos dos artigos. Onze estudos foram potencialmente elegíveis, sendo quatro incluídos nessa revisão. Um total de 220 pacientes foram aleatoriamente designados para grupo intervenção ou grupo controle. Os achados sugerem que a suplementação com vitamina D em gestantes portadoras de DMG pode contribuir na diminuição da glicemia de jejum (MD:-18.64 [-24.31, - 12,97] p<0.00001), HOMA-B e IR (MD:-1.59 [-2.20, -0.98] p<0.00001), cálcio sérico (MD: 0.60 [0.29,0.60], p=0.0002), complicações do recém-nascido, como ocorrência de hiperbilirrubinemia e polidrâmnio (MD: 0,34 [0,20,0,58], p<0,0001), necessidade de hospitalização materna (MD: 0.13 [0.02,0.98], p=0.05) e do recém-nascido (MD: 0.40 [0.23,0.68], p=0.0008) e aumento da concentração de 25 (OH) D (MD: 16.63 [11.46, 21.80], p<0.00001). Porém, esses resultados devem ser interpretados com cautela, pois a qualidade da evidência obtida foi muita baixa e os estudos incluídos na revisão apresentam risco de viés alto e pequena amostragem. |