Uma análise da estruturação do capitalismo russo através da privatização no governo Yeltsin (1991-1999)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Wiira, Nayara de Oliveira [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193436
Resumo: A Federação Russa tem mantido, nos últimos anos, um papel de destaque no cenário internacional, desempenhando uma atuação expressiva nos planos econômico, político e geoestratégico, ultrapassando sua área de influência regional e sendo incisiva no seu projeto de protagonismo global. Frente tal proeminência, torna-se evidente a necessidade de colocar o país como objeto de acompanhamento e pesquisa. Durante a década de 1990, após o fim da União Soviética em 1991, o país passou por um período de transformações, dentre as quais as reformas na estrutura econômica ganham destaque pela profundidade das mudanças. Nesse sentido, o presente trabalho volta-se para esse período, com o objetivo de analisar uma das faces das reformas econômicas, que foi a privatização em massa do setor industrial russo, ponderando sobre como esse processo foi central para a estruturação do sistema capitalista no país. Para alcançar tal objetivo, o trabalho toma como ponto de partida o referencial teórico marxista e a discussão dos conceitos de acumulação primitiva e acumulação por espoliação de David Harvey. Uma vez estabelecida a base teórica, o trabalho desenvolve um conteúdo de caráter qualitativo e exploratório, a partir de estudo bibliográfico e utilizando majoritariamente fontes secundárias, realizando um balanço do material selecionado, e avançando a discussão sobre o tema. Com o desenvolvimento do trabalho, foi possível concluir que o processo de privatização na Rússia foi conduzido pelo Estado russo de tal forma que favoreceu a concentração dos ativos antes públicos nas mãos de poucos indivíduos, estabelecendo assim uma classe proprietária dirigente que passou a controlar as mais valiosas estatais construídas no período soviético. Além disso, o processo contribuiu para o enfraquecimento do setor industrial russo e um retrocesso na densidade da estrutura econômica do país, que se viu cada vez mais concentrada na exploração das commodities.