Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Merenciano, Priscila Florentino de Melo [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/150806
|
Resumo: |
Componente fixa da página A2 Seção Opinião, do Jornal Folha de S. Paulo, a charge é, de acordo com Riani (2002), uma das primeiras atrações buscadas pelo leitor do periódico. Ao apresentar a figurativização de uma cena do cotidiano de forma lúdica e muitas vezes nonsense, o enundicador acaba por se esconder no ninho do risível, onde tudo é possível e, dessa maneira, pode garantir seu espaço para criticar as cenas do cotidiano. Buscando entender a forma como a charge constrói o ator discursivo na página de opinião do jornal impresso e ainda suas estratégias argumentativas, serão tomadas como córpus charges políticas do artista Jean Galvão, veiculadas no jornal Folha de S. Paulo, na página A2, seção Opinião, durante os quatro anos do primeiro mandato da presidente do Brasil Dilma Rousseff. Esta tese pretende abordar a charge como texto verbovisual, mais especificamente, as charges políticas, à luz da semiótica plástica, de modo a delimitar os contornos de uma semiótica da charge, que, além de tratar do texto verbovisual em si, reflita sobre sua circulação e relação com os tipos de texto que a cercam. Para tanto, apresentaremos no âmbito da semiótica uma definição para o gênero charge, buscando entender suas relações e especificidades em relação à História em Quadrinhos e à Caricatura. Utilizaremos como aporte teórico Fontanille (1999) e Greimas e Courtés (2008). Em seguida, nos pautaremos na semiótica discursiva, mais especificamente nas metodologias disponíveis para análise de textos sincréticos, tomando como base autores que já trabalharam com a linguagem das histórias em quadrinhos e das charges, Riani (2002), Fonseca (1999), Ramos (2010) e Lima (1963). Seguiremos rumo aos estudos a respeito da argumentação, compreendida aqui como ferramenta da persuasão. Em seguida, a abordagem seguirá em direção à retórica, recorrendo a autores que mantêm afinidade com a teoria semiótica, como os trabalhos de Teixeira (2001), Lopes e Beividas (2007) e Perelman (1996). Posteriormente, passaremos a aprofundar o estilo de Jean Galvão, chargista colaborador do Jornal Folha de S. Paulo. Para tanto, contaremos com o suporte teórico de Discini (2004), cuja obra analisa o estilo nos mais diversos textos. Ao final, por meio da análise do córpus selecionado, será feito um levantamento das características do artista que podem defini-lo como chargista e, ainda, enquanto possuidor de uma especificidade dentro desse gênero. |