Análise geomecânica em rochas carbonáticas com auxílio de drone: aplicação em mineração na Formação Irati

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Hoffmann, Victor Hugo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
RMR
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/253228
Resumo: As características geomecânicas de unidades geológicas carbonáticas reservatório e formações sobrepostas são de extrema importância para evitar diversos problemas relacionados à perfuração e extração de petróleo em poços terrestres e marítimos. Em função da profundidade e alto custo da coleta de amostras laterais, opta-se apenas pela amostragem das rochas reservatórios. Portanto, o presente trabalho tem como objetivo determinar os parâmetros geomecânicos através de levantamentos fotométricos do drone obtidos em frentes de lavra de calcário da Formação Irati, além de fornecer maiores informações de forma rápida e com baixo custo sobre o maciço. Logo, a área escolhida foi a Mineração Amaral Machado, na região de Saltinho - SP, onde é explorado o calcário dolomítico que é recoberto por folhelhos ricos em matéria orgânica e intercalados com camadas centimétricas a decimétricas de calcários, considerados reservatórios análogos do pré-sal. A estrutura local possui duas falhas principais NW, responsáveis por abater o maciço, bascular parte do acamamento subhorizontal para um mergulho de 60° e mostrar um padrão de fraturamento composto por falhas menores, duas famílias de juntas verticais NW e uma família vertical NE. Esse padrão de fraturamento foi observado previamente pela extração automática de planos da modelagem 3D, obtidos através do drone, e o maciço recebeu classe 4 nas classificações RMR e SMR. Contudo, ambas as classificações não foram capazes de separar unidades geomecânicas da área, devido a presença de finas camadas de folhelho que atuam como desagregadoras, formando fraturas muito abertas preenchidas por argilas expansíveis. Com o intuito de resolver tal problema, foi proposto a separação do talude em 3 setores por meio do acamamento. O setor A possui o acamamento com mergulho de 60° e a cinemática de talude de deslizamento planar, enquanto o setor B apresenta o acamamento sub-horizontal e a cinemática de tombamento de blocos. Assim, notou-se a falta de detalhamento das condições geomecânicas das rochas brandas pelo RMR e SMR, sendo necessário utilizar as características do acamamento, grau de fraturamento e cinemática para detalhar o talude, resultando em uma divisão de 11 compartimentos distintos, cujos compartimentos 7, 8 e 10 são os mais críticos e possuem zonas de queda de blocos, enquanto o compartimento 11 é uma zona de atenção para deslizamentos.